Cantinho Pedagógico

quarta-feira, 23 de março de 2016

Necessidade de Informatização da Escola - Monografia


INTRODUÇÃO
     A monografia cujo título, é Necessidade de Informatização da Escola, faz uma abordagem sobre a questão da informatização cuja finalidade é propiciar o aluno a oportunidade de usar a tecnologia disponível para o desenvolvimento de suas habilidades assim como o desenvolvimento raciocínio lógico e que ele possa ter acesso ao computador no contexto da sala de aula.
     Antes da criança, freqüentar a escola passa por processos de educação importantes: pelo familiar e pela mídia eletrônica. No ambiente familiar, mais ou menos rico cultural e emocionalmente, a criança desenvolve suas conexões cerebrais, seus roteiros mentais, emocionais e suas linguagens. Os pais, sobretudo a mãe, facilitam ou complicam, com suas atitudes e formas de comunicação mais ou menos maduras, o processo de aprender a apreender de seus filhos.
     Essa pesquisa se justifica pela necessidade de se compreender a escola como espaço para análise crítica-reflexiva, seu papel social e político. Daí a importância desse tema, em sensibilizar os docentes para a discussão e compreensão da educação como processo histórico, objetivando uma formação integrada às novas tecnologias, sobretudo no que diz respeito à utilização do computador, não como uma variável independente, e sim como produto das relações sócio-culturais dos homens. Dessa forma, os professores poderão contribuir para que os alunos desenvolvam uma postura crítica-reflexiva frente às transformações, pelas quais vem passando a sociedade.
     O principal objetivo desta pesquisa é mostrar que a informática na educação facilita o raciocínio ou possibilita situações propiciadoras de resolução de problemas enriquecendo e favorecendo o processo de aprendizagem. É importante também que se mostre porque a transição de paradigma educacional deve ser vista como algo que transcende aspectos e interesses políticos e econômicos e também porque a mudança de paradigma deve ser suplementada por ferramentas que permitam a implementação do paradigma construcionista.
     Nesse sentido, a informática poderá se tornar agente catalisador do paradigma educacional como ferramenta facilitadora da descrição, reflexão e a depuração de idéias.  Assim a promoção da aprendizagem será efetivada concedendo ao aluno o controle sobre seu processo de aprendizagem.
     Dentre outros objetivos destacamos o incentivo dos alunos para conhecerem as ferramentas da informática; o desenvolvimento das habilidades cognitivas e motoras, percepção da informática como aliada do cotidiano escolar; identificação da informática como meio de amplitude de conhecimentos.
     Partindo da problematização de como usar a informativa e internet didaticamente discutiremos as vantagens e seus benefícios na aprendizagem. A partir daí discutiremos a utilização da informática na ampliação dos conhecimentos dos alunos e o desenvolvimento de suas habilidades. Para isso será feito um levantamento das escolas municipais informatizadas em São Miguel do Araguaia.
     Conforme o proposto, a monografia se divide em quatro capítulos distintos: o primeiro capitulo, “Reflexões sobre o processo de informatização na escola”, mostra a efetivação do processo de informatização nas escolas com base num breve histórico em que comparamos a nossa realidade quanto à utilização dos computadores na escola e as divergências do papel do computador.
     O segundo capítulo, “O papel do professor”, será analisado o perfil e a sua formação para engendrar esse processo de informatização sendo o principal responsável para incorporar o uso do computador didaticamente, assim como propiciar ao aluno a utilização da informática não só para pesquisa aleatória, mas como ferramenta com uma gama de recursos que podem ir além de conversas, troca de e-mails, e experiências com alunos de outras escolas.
     O terceiro capítulo, “Escola e Informática–Perspectivas” são abordadas experiências de escolas de outros estados para nos situarmos como o computador está sendo utilizado, para em seguida fazermos uma análise da nossa realidade, assim poderemos avaliar como as ferramentas da internet poderão ser utilizadas ou mesmo se há possibilidade real de ser implantada em nossas escolas.
     O quarto capítulo, “Pesquisa de Campo na Escola Municipal Santa Lúcia, será analisado a questão do uso do computador, por ser a única escola municipal informatizada em São Miguel do Araguaia e, dessa forma atentaremos para a forma como vem sendo utilizada essa tecnologia no cotidiano dos alunos”.
     Para a elaboração dessa pesquisa contamos com uma vasta bibliografia, pesquisa de campo realizada “in loco”.
                 

CAPÍTULO I
REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE INFORMATIZAÇÃO NA ESCOLA
Ao fazer esse estudo sobre a informatização, constatamos que Estados Unidos foram os primeiros a se interessarem pela implementação da informática na educação. Esse fato ocorreu de forma completamente descentralizada e independente de decisões governamentais, no entanto o uso do computador na escola foi pressionado pelo desenvolvimento tecnológico e pela competição dos mercados e pela competição estabelecida pelo livre mercado das empresas que produzem softwares, das universidades e das escolas. As mudanças de ordem tecnológica apesar de fantástica e palpável não correspondem às mudanças pedagógicas.
O mesmo não aconteceu na França. A implementação da informática partiu de decisões governamentais baseadas num planejamento em termos de público alvo, materiais, softwares, meios de distribuição, instalação e manutenção dos equipamentos nas escolas. O programa da França não tinha como objetivo uma mudança pedagógica, mas, sim a preparação do aluno para ser capaz de usar a tecnologia da informática.
No Brasil, quando se trata de introdução da informática na educação percebe-se claramente que possa ter ocorrido de forma completamente diferente dos programas adotados em outros países. Primeiro, partiu de seminários, programas, discussões e propostas feitas pela comunidade de técnicos e pesquisadores da área. Segundo, as metodologias implantadas deveriam ser sempre fundamentadas em pesquisas pautadas em experiências concretas, usando a escola pública. Terceiro, o papel do computador foi o de provocar mudanças pedagógicas profundas ao invés de automatizar o ensino, ou preparar o aluno para ser capaz de trabalhar com o computador. Percebe-se então, o contraste entre os países de primeiro mundo e países subdesenvolvidos.
Mais de 20 anos (desde início de 1970) experiências na UFRJ, UFRGS e UNICAMP, mostram que as idéias dos educadores não foram impregnadas e nem tampouco consolidou se no sistema educacional brasileiro a real implementação da informática na educação.
Comparando esses três países, pode-se afirmar que o papel dos computadores nas escolas se atribui aos Estados Unidos à automatização do ensino e promoção da alfabetização tecnológica, na França esse papel se desenvolveu a capacidade lógica e preparação do aluno para trabalhar na empresa enquanto que no Brasil o papel do computador ficava restrito a provocação de mudanças pedagógicas profundas.
Na década de 80, novas mudanças tecnológicas possibilitaram a expansão do uso do computador.  Com um telefone e um computador passou-se a ter acesso ao mundo em segundos. Alguns acreditavam que a escola havia acabado e que professor seria substituído pelo computador, pelo vídeo e pela televisão. Isso é bem duvidoso, pois independente desses avanços, o professor seria substituído, uma vez que o educando não necessitasse da presença humana e mais ainda, para que ele ingressar nesse mundo tecnológico seria fundamentalmente importante que tivesse um conhecimento prévio para usufruir desses meios.
Nesse processo percebe-se claramente que os avanços da tecnologia, em vez de apenas concentrar nas mãos de consagradas empresas (agências de notícias, por exemplo) o que deve e pode conhecer; abre a possibilidade de escolher o que quer saber e conhecer. É claro que essa possibilidade transforma ainda mais o modo de pensar de cada um. Muda o perfil da sociedade e atinge a escola.
1.1 Desafios em Relação à Informática no Campo Educacional
No campo da educação, o desafio maior é a busca da incorporação dessa tecnologia na dimensão sócio-cultural, de tal modo que se equilibrem dois pólos tão distantes entre si: o cidadão do mundo e o homem degredado em seu próprio meio, impossibilitando de não  ver reconhecidos seus direitos, mas de saber que têm direitos. O cidadão da globalização aquele que emerge do conhecimento pleno, é o homem aviltado.
Ao falar do cidadão global, aquele que emerge do conhecimento pleno; corre o risco de se tornar mal informado devido ao excesso de informação que terá a sua disposição; ao apontar que atualmente o mais importante na comunicação não é o pólo de emissão, mas sim o pólo da recepção, ou seja, não é apenas aquilo que está dizendo, mas o modo como está entendendo sabendo que; apesar da globalização ou até por causa dela cada vez mais entenderá de acordo com a cultura nacional, com o jeito de ser do grupo e de nós mesmos, com certeza caberá a escola a formação do cidadão. A escola se redimensiona. Além de seus papéis consagrados, ela agora incorpora a chamada modernidade, é ela que vai ensinar o aluno a trabalhar a informação e não a recebê-la apenas, ou seja, é ela que vai dotar o aluno de condições para em vez de ser um consumidor passivo da informação, saber incorporá-la a partir do conjunto de idéias, valores e objetivos de sua cultura, usando essas informações, essa tecnologia, para colaborar na solução dos problemas de sua realidade. Para que isso aconteça, evidentemente, é necessário que a tecnologia esteja à disposição das escolas, é necessário que o professor seja o grande condutor nos caminhos desse mundo das realidades virtuais (isto é, desenhadas ou montadas em computadores) e das realidades vividas e construídas.
     Só a escola poderá formar cidadãos que poderão usufruir da tecnologia para diminuir a distância entre o homem pleno e o homem desrespeitado na sua condição humana.
     A escola poderá recuperar seu papel sedutor quando for capaz de recriar seus saberes antigos: ler; escrever; falar corretamente, valer-se desse recurso para analisar e compreender o mundo, para produzir e criar informações, bem como para discernir entre elas. O novo, agora é que o papel da escola, na construção da cidadania vai se tornando cada vez mais crítico. “Nós, educadores, teremos cumprido nossa função se conseguirmos vencer o desafio de tornar público o saber”.
     A participação crítica nesse mundo da globalização que a tecnologia ajudou a construir exige formação de cidadãos. É a construção da cidadania efetivada por meio da educação, sobretudo, a educação básica.
     A escola, sem dúvida passará ao uso computador. Ele tem se revelado de grande valia no ensino. Da sala de aula, os alunos poderão falar com estudantes de outros países, de outras culturas, dialogar com eles, aprender com eles, ensinar a eles.Também poderão ter acesso às enciclopédias, ter acesso a novas paisagens, conhecer outros paises, adentrar em outras culturas.
     Porém, se o uso do computador ocorrer apenas na perspectiva de instrução, seu valor ficará drasticamente reduzido. A educação continuará a ter como base a reprodução do conhecimento e o computador servirá apenas para colocar a disposição uma gama de informações que a humanidade já acumulou. Sendo assim, a escola deveria se preocupar mais com as informações.     
      Cabe a escola usar o computador; assim como outros meios como formas de acesso crítico ao conhecimento da humanidade.  A escola compete educar, ou seja, fazer com que o aluno aprenda a apreender. Em outras palavras: o computador (ou quaisquer outros equipamentos) devem ser usados para possibilitar ao aluno a busca de informações em várias fontes, analisá-las, questioná-las, a construir com elas um outro saber; um conhecimento adequado à sua realidade, à identidade de seus pais e de seu grupo, a identidade, dele próprio.
     A tecnologia obriga a escola a ser o que sempre objetivou ser: critica, fazendo do aluno não um ser passivo de conhecimentos prontos, entretanto um ser mais ativo, um sujeito da História.
     Sabe-se que o acesso ao desenvolvimento tecnológico é desigual e nem sempre está disponível. Mas ele está cada vez mais claro. A maioria das escolas brasileiras está equipada com televisão, antena parabólica e aparelho de videocassete.
     É preciso ficar alerta para o fato que as novas tecnologias – computador, fibra ótica, satélite etc. – podem atuar (e vem atuando) no sentido de reforçar a divisão entre informação e cultura dirigidas à camada da sociedade que toma decisões e outra modalidade de informação e cultura voltadas para o entretenimento da maioria da população. Os primeiros têm acesso a um amplo leque de informações; os segundos, a uma informação superficial e pouco abrangente.
     Segundo Valente:

Essa fragmentação reforça ainda mais a divisão social. De um lado, os que participam de alguma forma do poder; esses têm informações que possibilitam a tomada de decisões – e sabemos que hoje o poder passa cada vez mais pela informação. De outro lado, a imensa maioria da população, à qual os meios de comunicação se dirigem. Para esses últimos, é como se os meios de comunicação destinassem apenas ao entretenimento.”Vocês não  precisam se preocupar com isso: divirtam-se, distraiam-se, descarreguem a frustração que significa levantar cedo, passar horas num automóvel, trabalhar num lugar chato, num trabalho insignificante, num trabalho que enriquece, ter de gastar mais de uma hora para voltar para casa. Descansem. Distraiam-se. E os meios de comunicação trabalham fundamentalmente para a imensa massa de gente estressada, cansada, enquanto outro tipo de comunicação e informação vai por outro lado, para poder realmente dirigir, orientar essa sociedade para tomar decisões lembra o autor. (1991:26)

A escola e o professor terão de trabalhar esse outro tipo de comunicação, sem desprezar o entretenimento. Desafio grande que só pode ser respondido na medida em que o aluno não receba a informação como algo a reproduzir, mas perceba essa recepção como lugar de reelaboração, onde sua criatividade se exercerá permanentemente.
Evidentemente a condição para que isso ocorra é dada, cerceada ou limitada, ou desenhada pelo pólo de produção da informação. É preciso, portanto, conhecer as condições de produção da informação: em que não estão os avanços tecnológicos, quem tem poderes para definir a divulgação ou conhecimento, entre outros aspectos. São dados indispensáveis para orientar a recepção no caminho da reorganização das informações, buscando atender aos objetivos da cultura e do receptor. Se, por um lado, o conhecimento começa a ser cada vez mais limitado, por outro, esse conhecimento só se efetiva quando é recebido por alguém que vai lê-lo de acordo com seu universo.  Logo, se o conhecimento é global, a efetivação dele é regional e individual.  Nesses processos, a escola enquanto espaço de reflexão estabelece um dos seus mais importantes papéis.
Verifica-se que nas escolas a realidade ainda se constitui na lousa e no giz pelo fato da maioria das escolas apresentarem os únicos equipamentos à disposição. Urge correr contra o tempo para que as distâncias entre professores e o mundo globalizado não sejam ainda maiores, na velocidade imediata de hoje.
Os computadores possibilitam representar e testar idéias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo, de diferentes formas de atuação e de interação entre as pessoas. Essas novas relações, além de envolverem racionalidade técnico-operatória e lógico-formal, ampliam a compreensão sobre aspectos sócio-afetivos e tornam evidentes fatores pedagógicos, psicológicos, sociológicos e epistemológicos.
O clima de euforia em relação à utilização de tecnologias em todos os ramos da atividade humana coincide com um momento de questionamento e de reconhecimento da inconsistência do sistema educacional. Embora a tecnologia da informática não seja autônoma para provocar transformações, o uso de computadores em educação coloca novas questões ao sistema e explicita inúmeras inconsistências.
Não se pode mais questionar o uso do computador em educação, e nem tampouco adotá-lo como a panacéia para os problemas educacionais. O professor deve estar ciente das implicações e contribuições efetivas desses novos formalismos de representação ao processo pedagógico. É preciso que ele saiba integrar o computador ao seu espaço de saber, de modo a restabelecer as formas de aprendizagem que enfatizem a ação e a reflexão de seus alunos. É preciso, portanto haver uma preparação do professor para atuar nessa nova realidade.
Muitos autores defendem a idéia de que o computador é uma ferramenta a serviço de um projeto pedagógico. O computador só faz amplificar os processos já existentes. Para isso, é necessário planejamento e organização curricular por projetos. Assim o computador poderá se tornar uma excelente fonte de pesquisa para o tema dos projetos. Funciona como troca de e-mail entre os alunos, entre outras escolas e outros professores.
O computador abre o espaço de documentação do material que vai sendo produzido pelo grupo. Pode se constituir um banco de dados pelos alunos, com contribuições de pais e alunos de outra classe ou escola.
Na criação e viabilização de projetos, o computador é instrumento de trabalho e de construção coletiva de conhecimento. Espaço por excelência de encontro de disciplinas, de conteúdos e de pessoas.
È importante salientar que:
A mudança da função do computador como meio educacional acontece juntamente com um questionamento da função da escola e do papel do professor. A verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar condições de aprendizagem. Isso significa que o professor precisa deixar de ser o repassador de conhecimento – o computador pode fazer isso e o faz muito mais eficientemente do que o professor – e assar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno (VALENTE, 1993:6)

Tal desenvolvimento ocorre em um contexto educacional em que se dá o jogo das inter-relações sociais entre s sujeitos históricos.
Diante desse contexto de transformação e de novas exigências em relação ao aprender, as mudanças prementes não dizem respeito à adoção de métodos diversificados, mas sim à atitude diante do conhecimento e da aprendizagem, bem como uma nova concepção de homem de mundo e de sociedade. Isso significa que o professor terá papéis diferentes a desempenhar, o que torna necessário novos modos de formação que possam prepará-lo para o uso pedagógico do computador, assim como para refletir sobre sua prática, (reflexão na prática e sobre a prática conforme Shön, 1992).
Tratando-se do computador, como processador de textos, ele pode eliminar, alterar, deslocar palavras, expressões e trechos consideradas tarefas que marcam as sucessivas re-escrituras que um texto é submetido até a versão final. Tais tarefas encontram maior flexibilidade com o uso dos processadores de texto. Retirando de tais tarefas o peso das sucessivas reflexões, o usuário pode concentrar-se na produção mais elaborada do texto de maneira a atender a seus objetivos, seu ônus de copiar inúmeras vezes as passagens que deseja manter.
O uso do corretor ortográfico durante o processo de revisão não libera, como se poderia imaginar, o usuário das tarefas de pensar acerca das questões ortográficas. Da simples identificação de caracteres incorretos, à decisão de incluir termos não pertencentes ao inventário disponível, cabe ao usuário realizar a escolha, confrontando sua forma com opção sugerida pelo equipamento. É importante considerar ainda que, há uma série de aspectos da chamada revisão das convenções da escrita que escapam da identificação: problemas envolvendo a segmentação de palavras cujo resultado produza muitas palavras possíveis na língua, por exemplo, “com seguiu” (para conseguiu); aspectos relativos à concordância e regência, ao emprego da pontuação que não dispensam a ação atenta do sujeito.
Além disso, tais aplicativos possibilitam a obtenção de um layout bastante próximo daquele usado nos textos impressos de circulação social, pois permitem a seleção da fonte, dos caracteres, a distribuição do texto em colunas, a inclusão de gráficos e tabelas, a inserção de figuras, moldura etc. Isso torna possível a publicação de jornais, revistas, folhetos utilizando-se a educação eletrônica para seus produtores.
Um outro aspecto interessante é a possibilidade de, estando conectado com alguma rede, poder destinar os textos produzidos a leitores reais, ou interagir com outros colegas, também na rede, ampliando as possibilidades de interlocução por meio da escrita e permitindo acesso on line ao conhecimento enciclopédico acumulado pela humanidade.
Há uma série de softwares disponíveis no mercado, produzidos com a finalidade de trabalhar aspectos específicos de quaisquer disciplinas. Como qualquer recuso didático, devem ser analisados com cuidado e selecionados em função das necessidades colocadas pelas situações de ensino e aprendizagem.
O CD-ROM, multimídia e hipertexto combinam diferentes linguagens e atividades multidisciplinares que favorecem a construção de uma representação não linear do conhecimento, permitindo que cada um, segundo seu ritmo e interesse, possa dirigir sua aprendizagem: buscando informação complementar, selecionando em um texto uma ligação com outro documento, por uma palavra ou expressão ressaltada: buscando representações em outras linguagens - imagem, som, animação – com os quais pode interagir na construção de uma representação mais realista.
È importante, ainda, no trabalho escolar, analisar criticamente a sedução dos meios de comunicação. Uma das possibilidades é a produção de CD_ROMs pelos próprios alunos, que permite revelar e compreender a funcionalidade de elementos presentes na dinâmica do suporte para a representação do real: articulação entre a linearidade do texto verbal e a possibilidade de introduzir informações suplementares em outras linguagens. (preparação de imagens, de sons, de animação) etc.
Um dos eixos das mudanças na Educação passa por sua transformação em um processo de comunicação autêntica e aberta entre professores e alunos, primordialmente, mas também incluindo administradores e a comunidade, principalmente os pais.
Só vale a pena ser educador dentro de um contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Só aprendemos profundamente dentro desse contexto. Não vale a pena ensinar dentro de estruturas autoritárias ou de forma autoritária. Pode até ser mais eficiente ao curto prazo – os alunos aprendem rapidamente determinados conteúdos programáticos – mas não aprendem a ser pessoas, a ser cidadãos.
 O computador, portanto, é uma ferramenta essencial à educação nos dias de hoje. E a sua chegada à escola é inexorável. A transformação que este meio tem produzido na sociedade tem repercussões importantes nos processos educacionais. Mais do que pensar no que fazer com esses meios em situações de aprendizagem é preciso buscar as condições para que a escola possa integrar-se conscientemente na sociedade global.
Equipamentos modernos apenas não bastam para fazer parte desses novos tempos. Ao mesmo tempo, que os meios tecnológicos interagem, exigem uma revisão de métodos tradicionais de ensino. No contexto escolar tende-se a relegar os hábitos dos alunos a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam durante a maior parte do tempo, confinados às salas que se abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.
Geralmente crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, embora com fins recreativos. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil dos 32,1 milhões de usuários da rede no país, a maioria é jovem. Muitos professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. Luis Fagundes, do laboratório de Estados Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio grande do Sul, alerta o seguinte: “o que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende de computador.
  
CAPÍTULO II

O PAPEL DO PROFESSOR
     Evidencia-se que uma das principais condições para o desempenho do trabalho do educador, nesse início de século, é a sua capacidade de entender as mudanças, identificar os problemas e condições delas decorrente, e apontar alternativas educacionais que concorram para uma educação voltada para a constituição da cidadania.
A utilização das tecnologias na sala de aula só auxiliará o desenvolvimento de uma educação transformadora se for baseada em um conhecimento que permita ao professor interpretar, refletir e dominar criticamente a tecnologia. Isto porque o contato que os alunos terão com essas tecnologias na escola se diferenciará daquele que os meios de comunicação e vida diária proporcionam. Será um contato conectado por um professor capaz de analisar criticamente essas tecnologias, criar situações e experiências a partir da realidade do aluno (hoje povoada pelas tecnologias), para, construindo e praticando novas propostas pedagógicas, auxilia-lo na construção de conhecimento, com vistas a atuar nessa realidade de maneira critica e criativa. (SANTOS: 1998: 22).

Em geral, o professor que procura o caminho da interdisciplinaridade torna suas aulas dinâmicas e provocadoras. A discussão em sala de aula surge sempre para produzir uma nova concepção e visão das coisas, que acontecem no mundo, por isso o professor provocador busca facilitar o conhecimento da maneira mais concreta possível.
Atualmente  a criança está cada vez mais aberta aos estímulos, motivada a interagir com  seu meio, assim precisamos urgentemente de formar professores capazes de facilitar  o conhecimento com grandeza  e amplitude, um professor aprendiz, sempre em formação.
Constata-se que as práticas pedagógicas caminham para uma tendên­cia de construção do conhecimento,  e por isso só  pode ser concretizado quando se respeita as  diferenças, a diversidade. Para que a criança adquira maturidade psíquica e busque a sua identidade é fundamental que se perceba diferente, única. Respeitar as diferenças é caminhar no sentido de um novo espírito de cidadania que deve ser desenvolvido a partir das múltiplas relações sociais.
Quando Paulo Freire diz que “o homem deve apren­der a falar sua própria palavra e  não apenas repetir a do outro”,  ele nos  fala objetivamente de uma Escola preocupada apenas em repassar o conhecimento, reprodutora de padrões ultrapassados,  de preconceitos, enfim pouco preocupada com a formação integral do indivíduo, principalmente no que diz respeito sua capacidade de crítica e reflexão..
O  profissional de educação deve ser sensibilizado para o fato de que ele pode ser o norteador não apenas de como apreender o conhecimento, mas, principalmente, indicar para que serve o mesmo. Eles podem tornar pessoas crí­ticas e questionadoras, engajadas numa busca existencial, mas pode também contribuir significativamente para a formação de pessoas desvinculadas da realidade e fragmentadas no seu potencial criador apáticas e acríticas, o que é terrível.
Acontece que a entrada da criança na escola, em geral, realiza-se acompanhada por um imenso sentimento de ruptura, pois a criança, ainda em formação da sua identidade, passa a ser cerceada justamente nisso. O corpo que aí está, não funciona apenas como receptáculo, mas como principal, instrumento de sua adução no mundo, porque o seu estar-no-mundo é mediatizado principalmente pelo seu sentir, pela sua percepção, sofre um intenso  processo de castração. Na escola devemos ir levando apenas a “cabeça”, a razão. E o resto do corpo fica incapaz de expressar-se através de uma linguagem plena de sentido. Ora, se a criança não pode “brincar, jogar” com o seu corpo, seu afeto, enfim sua sensibilidade, então será impedida de exercitar-se no seu melhor, que é constituído pela capacidade de criar e envolver-se com o corpo inteiro, global naquilo que faz. Só aprendemos o que queremos e estamos motivados a querer.
Em geral, deve se  oportunizar ao estudante um ambiente de trocas das diversas experiências pelo grupo, motivando e despertando o interesse pelo conhecimento experimentado, compartilhado, a apreensão dos conteúdos  corresponderá à realidade, ao contexto no qual está inserido. O movimento de estabelecer relação entre as coisas, viabiliza o professor o exercício de práticas pedagógicas diferentes.
Mais do que nunca, questiona a maneira pela qual valoriza-se a apreensão do conhecimento. Novas propostas educacionais põem em questão a necessidade da quebra de paradigmas para que de fato possa emergir um sujeito mais equilibrado no uso de sua razão e emoção. Se tem uma prática pedagógica ainda fundamentada no valor razão, temos uma sociedade perdida no seu potencial criativo. A sociedade contemporânea coloca suas expectativas na criação de um novo indivíduo, o futuro precisa “garantir” a formação de pessoas mais integradas, aprendizes diários, pescadores de uma realidade instantânea. É preciso então que a Escola comece a preocupar-se em fazer da sala de aula um espaço rico para exercitar a razão com a emoção.
Hoje, o mercado torna-se cada vez mais competitivo, todos têm de cumprir o mesmo destino: falar mais de um idioma, de preferência o inglês, usar de maneira desembaraçada um computador, ter curso universitário, ser especializado etc; E o diferenciador durante uma seleção de candidatos para tal e tais cargos, qual é? Certamente está na capacidade de ser criativo, de solucionar problemas, de deixar-se emocionar.
     Necessita-se quebrar paradigmas e valores cristalizados que endurecem a realidade da sala de aula e produzem cidadãos sem compromisso com a sua identidade social, ”sem ideologia” e sem vínculos com o outro. Assim, acreditamos que a escola tem de repensar seu lugar de instituição formadora, abrindo a salas de aula  para o mundo, onde o educando acredite ser possível viver e enriquecer sua experiência racional através de sua emoção e afetividade. Certamente, quando conseguirmos realizar esse percurso teremos formado um sujeito não apenas inteligente, mas com capacidade de sentir.
  Espera-se de um professor, em primeiro lugar, seja competente na sua especialidade, que conheça a situação das redes eletrônicas na educação, a matéria, que esteja atualizado. Em segundo lugar, que saiba comunicar-se com seus alunos, motivá-los, explicar o conteúdo, manter o grupo atento, entrosado e cooperativo, produtivo.
  A aquisição da informação, dos dados dependerá cada vez menos do professor. Hoje as tecnologias podem trazer dados, imagens resumos de formas rápida e atraente. O papel do professor – o papel principal é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los. O professor é um facilitador que procura ajudar cada um a conseguir avançar no processo de aprender. Contudo, há os limites do conteúdo pragmático, do tempo de aula, das normas legais. O papel do professor é dar sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento baseado num labirinto de possibilidades.
  Um dos eixos fundamentais da educação é fazer com que os alunos e professores desenvolvam sua autoconfiança, sua auto-estima; que tenham respeito por si; que percebam, sintam e aceitem o valor pessoal e dos outros. Assim será mais fácil aprender e comunicar-se com os demais. Sem essa base de auto-estima, alunos e professores não estarão inteiros, plenos para interagir e se digladiarão como opostos, quando deveriam agir como parceiros.
  O conceito de educação permanente é importante do ponto de vista profissional para atualizar o professor, mas também as pesquisas da mente confirmam a sua importância para a pessoa. Isso significa estar sempre aprendendo, relacionado-se, interagindo, prestando atenção ao início do processo, quando as crianças, e ao mesmo tempo manter a atitude permanente de curiosidade, de abertura para  mundo, de aprender-ensinar em todas as etapas e situações.
  Pela educação inovadora e integradora desenvolverá as potencialidades, qualidades, habilidades de professores e alunos, para se realizarem e tornarem produtivos em todas as dimensões possíveis interpessoais e sociais.

2.1 Formação do Professor para a Informatização

     Com relação à formação do professor uma das principais condições para o desempenho do trabalho do educador, nesse início de século, é a sua capacidade de entender as mudanças, identificar os problemas e condições delas decorrente, e apontar alternativas educacionais que concorram para uma educação voltada para a constituição da cidadania.
É urgente que se viabilize uma nova concepção da Escola, mas para que isso seja possível, é necessário que aconteça uma reformulação dos valores que impregnam a prática pedagógica. Vivemos um mundo da instabilidade, no qual os estímulos provocam toda a nossa rede de percepção, então entramos no  jogo da vida com o corpo inteiro. O olho, o ouvido, e as mãos lêem o mundo para melhor compreendê-lo e percebê-lo na sua diversidade. Atualmente, somos envolvidos por uma série de signos interligados, conectados por mensagens prontas para serem capturadas pelo olhador-leitor.
É necessário formarmos pessoas capazes de responder os  estímulos de maneira produtiva, deixando de ser um receptor passivo e ausente da informação. Hoje, temos  uma criança cada vez mais aberta aos estímulos, motivada a interagir com  seu meio, assim precisamos urgentemente de formar professores capazes de facilitar  o conhecimento com grandeza  e amplitude, um professor aprendiz, sempre em formação.
As práticas pedagógicas caminham para uma tendên­cia de construção do  conhecimento,  e por isso só  pode ser concretizado quando se respeita as  diferenças, a diversidade. Para que a criança adquira maturidade psíquica e busque a sua identidade é fundamental que se perceba diferente, única. Respeitar as diferenças é  caminhar  no sentido de um novo espírito de cidadania que deve ser desenvolvido a partir das múltiplas relações sociais.
Na realidade, ainda se depara com as velhas propostas pedagógicas que entendem o estudante como um receptáculo de informações, que na maioria das vezes nem sequer são arquivadas na memória, indo mesmo para o lixo porque não têm utilidade ou sentido. Os educandos dentro dessas possibilidades jamais são apreciados nas suas potências diferenças. Louva-se a igualdade. Todos precisam ser iguais, padronizados e informados. A diferença provoca no outro a consciência de identidade e individualidade e, isso não interessa, e todos podem, de certa forma, conjeturar a respeito disso. Afinal ser diferente implica também em ser livre para ser diferente. A liberdade é condição existencial.
Verifica-se com freqüência que apenas o desenvolvimento intelectual é valorizado na Escola, enquanto os aspectos do desenvolvimento afetivo são esquecidos. No entanto, só aprendemos o que desejamos e, conseqüentemente demandamos afetivamente.
 A sociedade contemporânea coloca suas expectativas na criação de um novo indivíduo, o futuro precisa “garantir” a formação de pessoas mais integradas, aprendizes diários, pescadores de uma realidade instantânea. É preciso então que a Escola comece a preocupar-se em fazer da sala de aula um espaço rico para exercitar a razão com a emoção.

CAPÍTULO III
ESCOLA E INFORMÁTICA – PESPECTIVAS

Constata-se que uma das idéias mais comuns quando se começa a trabalhar com computadores nas escolas é a de constituir um ambiente específico para isso. O caminho costuma ser a criação de um laboratório de informática.
A constituição do espaço físico acaba por induzir um conjunto de experiências porque a distribuição desse espaço guarda certa relação com algumas concepções de ensino e aprendizagem. Isso não é nenhuma novidade.
Laboratórios de informática facilitam a adoção de certas experiências, baseadas em um conjunto de pressupostos pedagógicos condizentes com o ambiente físico. Laboratórios de informática costumam, por exemplo, viabilizar a adoção de modelos de informatização das escolas em que o professor regular não tem vez. Aquele professor do dia-a-dia, que ministra as aulas de Língua Portuguesa, Matemática, Geografia, não entra nesses laboratórios. Um outro profissional é contratado para cuidar especificamente do laboratório de informática e dos alunos.
O interessante seria implementar um laboratório e utilizá-lo com os professores das disciplinas. Ao que tudo parece, a existência do laboratório, com tantas máquinas, exige um profissional especifico, especialista, capaz de “cuidar” das máquinas, do laboratório e, por fim, da própria educação dos alunos (eis, o grande equívoco!). O modelo de utilização de computadores baseado em laboratório, a causa de todo esse malabarismo, não tem raízes em qualquer fundamentação pedagógica.
     A prioridade de investimento se dá na implantação de tecnologias telemáticas de alta velocidade, no caso da Internet, que possibilita conectar alunos, professores e corpo administrativo.
     A expectativa que se tem hoje, é que as tecnologias possam gerar soluções rápidas. Ledo engano. Elas podem sim, ampliar a visão de conhecimentos, conceito de aula espaço e tempo de comunicação audiovisual e ainda estabelecer pontes novas entre o presencial e o virtual, entre o estar juntos e o estar conectados à distância.
     As tecnologias são importantes, mas não resolvem as questões mais profundas. Ensinar e aprender sempre é um desafio, e, sobretudo agora que se vive um momento de transição do modelo de gestão industrial para o da informação e do conhecimento.
     Tem-se como desafio o ensino de qualidade com uma educação de qualidade capaz de enfrentar as dificuldades para mudar a educação como a desigualdade social, a precariedades das instituições, distanciamento entre prática e teoria, a falta de ética, o autoritarismo.
     As mudanças dependem exclusivamente do corpo docente intelectualmente preparado, atento às necessidades dos alunos. Dependerão também de administradores competentes, pais maduros e abertos ao diálogo e dispostos a se envolverem no processo pedagógico e alunos conscientes.
     A construção do conhecimento na sociedade da informação deixa de ser fragmentado, englobando o pensar, o raciocinar, organização do discurso.
     A informação se processa de várias formas, conforme o objetivo e o universo cultural, sendo a forma mais comum o processamento lógico-seqüencial, expressada na linguagem falada e escrita.
     Em outro momento a informação se processa de forma hiper-textual, contando histórias, relatando situações que interconectam, ampliam que leva aos novos significados, denominada de comunicação “linkada”, através de nós intertextuais.
     Atualmente a informação se processa de forma multimídica, usando inúmeras linguagens. A leitura deixa de ser seqüencial, transformando numa leitura em flash, mais livre.
     Querendo ou não convivemos com essas diferentes formas de processamento de informação, em virtude da sociedade atual, exigir rapidez para enfrentar as diferentes situações. Os meios de comunicação como a televisão já é inserido no cotidiano das pessoas, favorecendo um tipo de conhecimento de assimilação rápida, graças, ao uso de canais sensoriais e linguagens simultâneas.
As formas de informação  mutimídica ou hiper-textual cada vez mais são difundidas e menos seqüenciada. As crianças e os jovens estão totalmente sintonizados com a multimídia e quando lidam com um texto, fazem mais facilmente com o texto conectado através de links, de palavras chaves, o hipertexto. Assim o livro se torna cada vez menos atrativo.
     O professor não deve permanecer estático diante das inovações, é preciso saber lidar com a informação; podendo utilizar todas em diversos momentos, lembrando que ele terá mais repercussão se começar pela multimídica, passando pela hiper-textual e, em estágios mais avançados, concentrar na lógico-seqüencial.
     Um dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação significativa, a escolher as informações realmente importantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e torna-las parte do nosso referencial, assim afirma (MORAN, 2002, p. 23.)
     Conforme afirma ainda, Moran, o conhecimento se dá fundamentalmente no processo de interação, de comunicação. Independente de ter ou não tecnologias. As pessoas podem vivenciar processos participativos, comunicando-se abertamente, confiantes e motivadas em função das possibilidades da aula-pesquisa/aula-comunicação. Num processo dinâmico, amplo de informação inovadora, reelaborada pessoalmente e em grupo, de integração do objeto de estudo em todas as dimensões pessoais: cognitivas, emotivas, sociais, éticas e utilizando todas as habilidades do professor e do aluno.
     O professor pode modificar a sua forma de ensinar, tendo acesso às tecnologias telemáticas tornando-se orientador setorial do processo de aprendizagem de forma  equilibrada com a orientação emocional e a gerencial.
     Moran destaca alguns princípios norteadores sendo eles: a integração de tecnologias, metodologias, atividades; variação da forma de dar aula, as técnicas usadas em sala de aula, as atividades solicitadas, as dinâmicas propostas, o processo de avaliação; planejamento e improvisação, previsão e ajuste às circunstâncias ao novo; valorização da presença no que ela tem de melhor e a comunicação virtual no que ela nos favorece. Tem-se como meta integrar as tecnologias de forma inovadora, sobretudo os meios de comunicação coma a TV e o vídeo, explorando o ver, sentir. Eles não somente auxiliam na linguagem ou leitura através de imagens e efeitos sonoros, como auxiliam na escrita, por meio de legendas ou citações que aparecem na tela, chamando a atenção da criança para os efeitos visuais. A televisão e o vídeo são completos, pois reúnem o sensorial, o visual, a linguagem falada, linguagem musical e escrita. Linguagens estas que se interagem, justapõem, superpõem-se, somam-se, porém não se separam. São meios que se comunicam com uma grande maioria das pessoas.
Outro aspecto fundamental se refere a própria organização das escolas, pois não é oferecido espaços  que abranjam os alunos com uma infra-estrutura adequada.O primeiro passo para adequar essas tecnologias está em preparar os professores a enfrentar os desafios que se colocarão diante dele. O segundo passo se refere a familiarização do professor com o  computador com os seus aplicativos e com a Internet. Em seguida deve auxiliar os professores na utilização pedagógica da Internet e dos programas de multimídia.
     A escola pode utilizar a Internet em uma sala especial ou laboratório, onde os alunos se deslocam especialmente, em períodos determinados, diferentes dos da sala de aula convencional.
     A Internet é uma mídia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que ela oferece.
     Há uma tendência de se confundir informação e conhecimento. Quando se usa a Internet tem-se à mão muitos dados e informações disponíveis. Uma parcela de alunos ainda resiste, por receberem tudo pronto do professor e esperam que ele continue dando aula.
Se o professor tem dificuldades com o ensino presencial, essas dificuldades não se resolverão com o virtual. A solução está na síntese dos dois modos de comunicação: o presencial e o virtual.
3.1 Experiências de Implementação  de Informática nas Escolas Brasileiras
     De acordo com a reportagem “Tecnologia ao alcance de todos”, da Revista Nova Escola, setembro/2006, há uma década o computador em escola brasileira era apenas privilégio da elite. Seu uso era restrito a processamento de textos, enquanto que a internet era novidade. Atualmente esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções, as escolas públicas com laboratório de informática ainda são 11% do total, segundo o Ministério da Educação. Acredita-se que mais cedo ou mais tarde eles estarão em toda a rede de ensino.
A experiência apresentada numa escola de Recife e outra de Itacuruçá, distrito do municipio de Mangaratiba, no litoral fluminense, há pouco entraram na era dos computadores, mas já está fazendo uso crítico e proveitosos da tecnologia. Elas fornecem exemplos de projetos que podem ser desenvolvidos nos estágios iniciais de inclusão digital.
     A EE Clóvis Beviláquia, na capital pernambucana, ganhou no início do ano o laboratório de informática que era esperado a um bom tempo. Com pouco mais de seis meses depois a escola vive uma nova rotina, com os computadores integrados ao trabalho didático. O professor de Educação Física Samuel Farias da Silva e seus alunos de 5ª a 8ª séries utilziam os micros para jogar xadrez. A garotada exercita suas  habilidades em sites. Os parceiros podem ser tanto o próprio computador como jovens conectados em outros lugares. Dessa forma, os alunos ganham não só familiaridade com o mundo virtual mas também com os meandros do próprio xadrez.
Quanto as atividades tradicionais de sala de aula, “os alunos têm interesse maior pelos conteúdos  quando ganham a oportunidade de digitar seus trabalhos e fazer pesquisas em sites de busca, afirma a coordenadora do laboratório, Fabiana do Nascimento Gomes. Apenas uma parcela dos 2 mil alunos da escola tinha alguma prática no manejo das máquinas, vários estão tomando contato com elas pela primeira vez. Atender tanta gente requer orgazinação, o professor interessado agenda horários no laboratório e entrega com antecedência a Fabiana o planejamento de sua aula. Isso permite que ela também programe sua parte, horário e apoio técnico e didático. Nessa fase de implementação do laboratório, a coordenadora desempenha papel-chave: muitos professores não têm computador em sua casa e nem sabem como trabalhar com ele. Nos primeiros meses, Fabiana quer promover um curso de capacitação para os colegas, embora participando de trabalhos no laboratório, eles jé estejam avançando muito em seus conhecimentos. Em todas as atividades quem opera as máquinas são os alunos que também podem explorar novos recursos por conta própria durante os intervalos entre as aulas e no contraturno do periodo letivo. Um projeto de monitores voluntários também está nos planos da escola.
Alunos monitores já são uma realidade há mais de um ano na sala de informática da Escola Muncipalizada Caetano,  de Oliveira em Itarucucá. Um grupo de 11 alunos do Ensino Médio dá apoio aos professores. Em conjunto eles orientam as crianças da 1ª série que estão sendo alfabetizadas, à escrever as primeiras palavras no computador. “o contato com o teclado aumentou o interesse da escrita, diz a professora Thirley Reink, selecionada para atuar como formadora no projeto mantido por uma empresa de telecomunicações que promoveu a inclusão digital na escola. Através dessa  iniciativa alcançou-se dois objetivos: a promoção da inclusão digital e a diminuição da evasão escolar entre os jovens que ao se tornarem monitores – todos moradores da  Ilha Marambaia, que por só haver o transporte de barco apenas no final da tarde ficavam ociosos durante um bom tempo. Na informática eles encontraram um modo de se ocupar, adquirir conhecimento e estreitar o contato com os estudantes, a garotada da 3ª série com auxílio dos monitores aprenderam abrir contas de e-mail. Com seus endereços  cadastrados no projeto de inclusão digital, eles recebem dicas de sites educativos, fazem cursos on-line e se correspondem com colegas de outras cidades.
A chegada da tecnologia estimulou alguns projetos. A professora de Artes Rogéria Medeiros elaborou um trabalho sobre pontilhismo com a 8ª série, começando por uma pesquisa na internet sobre o francês Georges Seurat (1859-1881), principal representante dessa técnica de pintura. A partir daí os alunos puderam entender  como se faz e que efeito causam as pequenas manchas sobrepostas e assim puderam produzir os desenhos.
Na Matemática, o professor Richard Arroio dos Santos passou a buscar na rede joguinhos para desenvolver o raciocínio lógico. Um deles  é a Torre de Hanói, que consiste em três bastões: num deles estão empilhados argolas de tamanhos diferentes, da maior para a menor. O objetivo é transferir a torre para outro eixo, usando o terceiro como intermediário, com uma argola de cada vez e sempre na ordem de tamanho. “no computador não dá para trapacear por isso o desafio é maior”, brinca o professor.
Crianças e jovens em rede trocam informações e experiências ou simplesmente participam de conversas animadas graças ao projeto, “O lugar onde moro”, voltado para 3ª e 4ª  em Joinville Santa Catarina. O fato do computador não ser novidade nessa escola, os alunos desenvolvem projetos interativos, trabalhando diretamente com a publicação e edição de textos e imagens (fotos desenhos e animações). Isso se denomina de estágio intermediário da utilização da tecnologia digital no ensino. São inúmeros os projetos dessa escola, como A palavra aberta, que é um blog que permite aos alunos comentarem vídeos, animações e reportagens. Outros projetos,  Mergulhando nas palavras, blogs de entrevistas virtuais partem de iniciativas de professores que interagidos com os alunos buscam implementar, desta forma os alunos se sentem motivados.
em São Bernardo do Campo na região metropolitana de São Paulo, os alunos de 4ª série realizam projetos de robótica e animação. Essas atividades fazem parte do cotidiano das escolas municipais no caso da Escola Padre Fiorente Elena uma das mais avançadas. Recentemente tem se destacado em concursos de nível nacional e concursos educacionais.O fato dessas experiências darem certo se evidencia pela sincronia entre laboratório de informática e a sala de aula, o que dá oportunidade aos professores de utilizarem todos os recursos tecnológicos que dispõem.
Além dos grandes projetos, os alunos da 1ª série prepararam um livro digital sobre o folclore e as 2ª séries gravaram um CD de áudio com lendas e contos. As 3ª séries trabalham no webquest “Conquistadores do Espaço” para aprender sobre Astronomia e Astronáutica. Nessa escola os temas são trabalhados por séries.  Para Luciana Serafim, afirma que conhecer os recursos de informática ajuda a planejar as aulas. “Mas não só as ferramentas que não têm utilidade se a escola não associá-las a um projeto de ensino maior”.
Neste capítulo pode se observar que são inúmeras as perspectivas de aplicação e uso da informática na educação. Comparando as diferentes realidades das cidades brasileiras em que se tem apoio não só do poder público para a implementação da informática assim como iniciativas de empresas nos projetos de inclusão digital, as escolas é quem saem ganhando. Diante dessa realidade se constata que o nosso município se encontra definitivamente atrasado conforme a análise dessas experiências há a necessidade de grandes investimentos em formação de professores e também a disponibilidade deles em elaborarem projetos utilizando o computador. Pode-se perceber como é empolgante trabalhar com crianças incentivando-as e despertando o interesse e a criatividade.


CAPÍTULO IV
ESTUDO DE CASO NA ESCOLA MUNICIPAL SANTA LÚCIA

Dada à importância desta pesquisa campo realizada na Escola Santa Lucia torna-se necessário caracterização do município de São Miguel do Araguaia, para que o publico alvo possa ter uma noção de sua localização.
A cidade situa-se na região noroeste do Estado de Goiás, microrregião de São Miguel do Araguaia. Distante 390 quilômetros da capital do Estado, o município faz divisa ao norte com a Ilha do Bananal e o município de Araguaçu-TO, ao sul com os municípios de Nova Crixás, Mundo Novo, Bonópolis, a leste com o município de Novo Planalto e a oeste com o município de Cocalinho MT.
Com uma área de 6.145 Km², o município conta com as seguintes coordenadas geográficas: altitude de 13,275º. Segundo o IBGE (2005) a sua população é de 25.060 habitantes.
4.1 Diagnose da Escola
     A Escola Municipal Santa Lúcia está localizada na Rua 19 S/N Setor Santa Lúcia, CEP 76569-000 na respectiva cidade de São Miguel do Araguaia. Quanto ao seu espaço físico pode ser apresentado da seguinte maneira:
-  A escola tem 08 salas: 06 com ventiladores de teto e 2 com ar condicionado
-  Sala de diretoria 
-  Uma secretaria com banheiro para funcionários
-  Uma cozinha e guichê com balcão;
-  Um depósito
-  Uma biblioteca
-  Sala para professores
-  Uma sala para coordenação, com TV e vídeo para educadores e biblioteca.
-  Uma almoxarifado
-  Um laboratório de Informática com 11 computadores disponíveis para os alunos
-  Área coberta
-  Escovódromo com 14 torneiras
-  Pátio para recreação
-  Espaço reservado para o plantio de hortas.
-  Conta com 04 banheiros adaptados com box masculino e feminino
     É uma escola que tem um mobiliário razoável, adquirido por meio de verba do PDE, Prefeitura Municipal e recursos próprios. Nela contém bebedouros, freezer, armários, prateleiras, material tecnológico (aparelho de som, TV, manual computador para o trabalho administrativo e pedagógico, (fantoches, blocos lógicos, material dourado) e outros materiais de cantina, cadeiras e mesas, tudo em perfeita ordem.

     Tratando-se do seu histórico escolar, sua categoria de funcionamento pode ser assim definida: como escola pública, e funciona com Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª fase.

     A escola tem esse nome em homenagem à ex-primeira dama do Estado de Goiás, a Sra. Lúcia Vânia.
     A escola foi reconhecida pela Lei de Criação n.º 033/89 de 02 de Janeiro de 1989. Portaria  n.º  5038/93, Resolução n.º 186/82, Regimento Escolar aprovado.
     Possui uma área de 1.959 m² de área ocupada, sendo 289.50² de área construída e o restante é utilizado para atividades recreativas.
     Nesse período de funcionamento somente duas diretoras exerceram suas funções realmente.
     O Projeto Político Pedagógico da escola foi aprovado Pelo CME conferido pela lei nº 249/97, tendo em vista a Lei Federal 9.394/96 em seu artigo 2º , diz que o PPP poderá ser reestruturado pelo corpo decente escolar, quando sentir necessário. Esta mesma Lei dispõe sobre a aprovação da renovação de reconhecimento da escola por um período de cinco anos a partir de 07 de outubro de 2006.
     A escola trabalha com o lema “Amor e Dedicação”, para resolver as dificuldades surgidas no cotidiano.
     A avaliação da escola é boa. A escola tem batalhado para erradicar com os problemas de evasão escolar, repetência, e indisciplina, buscando inovações, aproximação com os pais e outros meios, oferecendo a seus alunos uma educação de qualidade. O quadro abaixo caracteriza o indicie de evasão, repetência e aprovação só no ano de 2006. 
     Uma das maiores dificuldades que a escola enfrenta, é a falta de assiduidade dos pais na escola, dentre outras como o material individual do aluno e também a indisciplina.
     A escola tem promovido diversos tipos de eventos para que tenha a aproximação dos pais.
     A escola está localizada em uma comunidade participativa, de pessoas de renda média baixa, sendo a maioria de lavradores.
     É uma clientela que oscila de faixa etária de 05 a 14 anos de idade, dividida na Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª fase .
     Pude observar a divisão de alunos por períodos e séries.
     Há duas salas da pré-escola, uma no período matutino com 25 alunos e outra no período vespertino com 21 alunos.            A faixa etária das crianças por série ficou designada da seguinte maneira:
- Pré –escola: 4 a 5 anos
- 1ª Série: de 6 a 7 anos;
- 2ª Série: de 7 a 8 anos
- 3ª Série: de 8 a 9 anos
- 4ª Série: 9 a 14 anos de idade.
     Todos os profissionais da escola são conhecedores de problemas enfrentados com a sua clientela e procuram solucionar da melhor maneira possível, para que a escola possa ser vista pelos alunos como um ambiente acolhedor.
     A escola apresenta o seguinte quadro de funcionários:
Diretora: Suzelita E. M. Dias
Secretária: Gleice L. Fernandes
Coordenadora: Elcy  C. Moraes
Regina Barbosa de Oliveira
Luzinete Pereira Lima
 Professores :
1ª “B”  Adailza de S. Crepaldi
1ª “C” Vera Lucia S.  de Oliveira
2ª “B” Doralice N. de Almeida
3ª “B” Marlena  P. Lima
4ª “B” Reginalda D. da Silva

Auxiliar de Serviços Gerais:

Josefa  dos S. Pereira
Jocelina P Aguiar
Maura M. do Nascimento
Luzia Izidora dos Santos
Antonio B da Silva
Dedy M. da Silva
                  Quanto ao ensino a escola utiliza de recursos didáticos constando várias coleções de livros didáticos e paradidáticos que servem de apoio aos professores. Possui também outros recursos de apoio como TV, vídeo, retro-projetor, mini-videoteca, globo terrestre, materiais de apoio, CDs pedagógicos, cantinho da leitura com vários livros literários e principalmente do laboratório de informática onde os professores executam seus projetos com os alunos.
                  Com relação ao método de ensino, a escola campo tem a seriedade de desenvolver o seu trabalho, procurando sempre oferecer o melhor para os alunos, fazendo uso dos recursos didáticos, além de trabalhar com o método silábico, conforme a habilidade do professor.
                  A escola procura com seus objetivos formar cidadãos responsáveis que saibam lutar por seus direitos e cumprir com os seus deveres. Para isso ela apresenta os seguintes valores: transparência e coletividade, participação, parceria e respeito.
                  Seu horário de funcionamento se dá em dois turnos: matutino e vespertino. Das 7; 00 as 11:25  e das 13: ás 17:25
                  Tratando-se do projeto que foi formulado para esta unidade escolar estão contido todas as normas e diretrizes que devem ser seguidas por todos que compõem a comunidade escolar.
                  Ele visa crescimento nos aspectos intelectual, físico e social de todo o corpo da Escola e de todos aqueles que de forma direta ou indireta está ligado à escola.
                  Visa também um desenvolvimento de acordo com as condições específicas e contextualizadas da realidade local, dentro de uma pedagogia construtivista valorizando as necessidades de cada um na formação de cidadãos conscientes, críticos e responsáveis.
                  Tratando-se da biblioteca a escola dispõe de várias coleções, mini-videoteca de apoio abrangendo a educação infantil e fundamental, cantinho de leitura com um acervo de livros literários e didáticos.
                  Para sua clientela, a escola possui um acervo razoável e adequado para o uso de todos.
                  A biblioteca funciona com a participação do professor..
                   Quanto ao aspecto pedagógico da escola a escola tem por finalidade procurar melhoras no processo de ensino-aprendizagem, com o intuito de fortalecer a participação de todos que estão envolvidos, preparando cidadãos para desafios culturais, éticos e sociais.
                  É uma escola que apresenta um ensino de qualidade, garantindo o curso e a permanência dos educandos na unidade, está sempre em busca de objetivos para formar cidadãos críticos, participativos, para que possam lutar pela transformação de uma sociedade mais justa e humana.
                  Na escola todos são solidários uns com os outros, buscando ajudá-los da melhor maneira possível.
                  Quanto à análise do aspecto pedagógico, a escola prioriza:
- Adaptar o currículo, conforme a realidade do educando procurando alcançar sucesso em suas atividades.
- Os professores são todos graduados e alguns são pós-graduados
- A escola mantém um bom relacionamento por parte dos funcionários
- A recuperação é continua (paralela) e no final do ano (especial)
- Em caso de falta do aluno marca-se falta, podendo ser abonadas com aprovação do atestado médico.
                   Com relação ao sistema de avaliação nesta unidade escolar a avaliação é contínua, do princípio ao término do ano letivo, o aluno é avaliado em todos os aspectos.
                  Ela está de acordo com o Regimento da Unidade, expressa em notas graduadas, variando em décimos, sem arredondamentos de médias. Durante o ano o aluno obtém quatro notas bimestrais, adquiridas das avaliações do aproveitamento do aluno na sua permanência na escola.
                  Os educadores trabalham com uma recuperação paralela. Quando o aluno não alcança média no prazo estabelecido, ele é levado a comparecer a escola em horário paralelo para fazer recuperação do conteúdo, que não assimilou, pois a escola valoriza e respeita seus direitos.
                  Quando o educador por algum motivo se ausenta da escola, as aulas seguem normalmente. Cada coordenadora ou funcionário qualificado para a área, assume e ministra normalmente as aulas sem ônus para o mesmo.
                  Os critérios de aprovação ou reprovação dos alunos são estabelecidos pelo Regimento da unidade escolar, onde esclarece que o aluno deve obter média 5,0 para ser aprovado, com 200 dias letivos.
                  Os problemas detectados na escola podem ser enumerados da seguinte maneira:
- Envolvimento dos pais no processo ensino aprendizagem dos filhos;
- Pátio com pouco espaço;
- Descumprimento na realização de tarefas de casa por parte dos alunos: (Para Casa, trabalhos, pesquisas);
- Falta de profissionais especializados para o trabalho com crianças inclusivas.
                  Os problemas que devem ser atacados são os seguintes:
- Envolvimento com os pais no processo ensino aprendizagem;
- Elevar o índice de aprendizagem nas disciplinas críticas: Português e Matemática;
- Descumprimento na realização de tarefas de casa por parte dos alunos;
- Falta de profissionais especializados para o trabalho com crianças inclusivas;
- Pátio com pouco espaço.
                  Uma das maiores preocupações da escola é assegurar a permanência do aluno na mesma de forma participativa e solidária, visando formar cidadãos criativos, participantes e conscientes.
                  Tendo em vista o tema dessa monografia destinamos a pesquisa de campo a Escola Municipal Santa Lúcia  por  ser pública  e também ser a única escola municipal informatizada. A escola atende a uma clientela que oscila entre a faixa etária de 05 a 14 anos de idade, dividida em Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª fase.
                  A avaliação da escola é boa, pois tenta erradicar os problemas de evasão escolar, repetência, e indisciplina, buscando inovações, aproximação com os pais e outros meios, oferecendo aos seus alunos uma educação de qualidade. Sua finalidade é sempre melhorar o processo de ensino-aprendizagem, com o intuito de fortalecer a participação de todos que estão envolvidos, preparando cidadãos para desafios culturais, éticos e sociais.
                  É uma escola que apresenta um ensino de qualidade, garantindo o curso e a permanência dos educandos na unidade. Na escola todos são solidários uns com os outros, buscando ajudá-los da melhor maneira possível.
                  Conforme verificamos a escola possui um laboratório de informática com 11 computadores, os quais são utilizados pelos alunos em períodos determinados pela coordenação pedagógica. São acompanhados por um instrutor que os orienta.
4.2 Apresentação dos Dados
                     No mundo marcado pela aceleração tecnológica e pelas crescentes influências do rádio, TV, imprensa escrita e televisiva, redes de computadores, constata-se que as formas de aprender e sentir se modificaram trazendo consigo alguns mitos da salvação e mazelas correspondentes. Assim, nesse capítulo, apresentaremos alguns dados da pesquisa campo realizada na Escola Municipal Santa Lúcia de São Miguel do Araguaia – GO,  em agosto e setembro, em que todos os dados forma fornecidos pela atual diretora Suzelita Eterna Menezes Dias, sendo que o universo da pesquisa abrangeu (...) docentes dos quais todos estão inseridos nesse mundo globalizado, que se utilizam  desses recursos provenientes dos quais tem acesso, havendo trocas de experiências entre os professores e usando a tecnologia para tornar suas aulas mais dinâmicas e criativas. (vídeo, TV e computadores que são utilizados pelos professores e alunos).
                  De acordo com as investigações, é possível concluir que o ensino no nosso município, nessa década está mais criativo, dinâmico e atraente, diminuindo assim a evasão escolar e a cada dia está atraindo mais a clientela.
                  Feita a observação constatamos a existência de projetos de leitura, pesquisa e uso da internet, digitação de livros, jogos educativos Com a colaboração da dinamizadora Regina Barbosa, os professores desenvolvem projetos fazendo rodízios com professores que ficam com a metade da turma enquanto  evam as crianças para o laboratório de informática. Nesse caso, a dinamizadora planeja junto com os professores os projetos e promove todo o trabalho de assessoria. E dada a importância alguns registros como  o plano anual e a respectiva folha 66 do Projeto Político Pedagógico da escola estarão em anexos, assim como as fotos do laboratório de informática.
                  A investigação foi realizada nesse segundo semestre do ano corrente todos entrevistados na faixa-etária de vinte e cinco anos a cinqüenta anos e os professores com mais de dez anos de profissão são mais arraigados, presos ao sistema tradicional, Outros pertencem a esse mundo informatizado são mais susceptíveis às mudanças, porém todos são simpatizantes da informática na escola, familiarizando-se aos poucos e dando de si o melhor, contribuindo para um mundo mais dinâmico.
                     O que se tornou evidente nessa pesquisa é o fato das escolas ainda não estarem totalmente preparadas e equipadas com os diversos aparatos tecnológicos. Pode ser constatado que apenas, uma delas, da rede municipal que possui laboratório de informática e mesmo assim os professores não estão totalmente informatizados. Se comparar essa realidade com as experiências mostradas no capítulo anterior se percebe que o processo de informatização de nossas escolas será lento e tardio.
                     É preciso que se pense em primeiro lugar na formação dos professores e a sua integração no mundo das tecnologias. Pois de tudo que foi exposto nessa monografia, dá-se para perceber que as escolas estão aquém das expectativas dos alunos, talvez seja essa a razão que alguns estejam arraigados nos velhos paradigmas.
                     È necessário que haja um investimento maciço para que a tecnologia possa surtir efeitos positivos e que ela realmente contribua para formação do educando. Não se pode pensar em educação sem os aparatos tecnológicos.
                  Diante do estudo feito evidencia que precisa haver um esforço por parte do poder público aliado ao interesse dos professores em mudar essa realidade. Na maioria das vezes isso não ocorre, os professores ficam acomodados e os recursos disponíveis para a educação acabam não chegando às escolas.
                 
                 
CONCLUSÃO
     Tendo em vista a pesquisa realizada pode-se concluir que a informática está provocando uma mudança radical no paradigma educacional no mundo inteiro, contrapondo a imagem que ainda permeava a geração passada em relação à escola que era de um lugar de expressão, quando, graças aos ensinamentos de teóricos como Jean Piaget, Paulo Freire. Moacir Gadoti e tantos outros que deixaram suas contribuições.
     Comprava-se uma tendência de que a escola possa ser um lugar de ensino lúdico, criativo e eficiente com a invasão da tecnologia possibilitando que escola torne mais colorida, alegre e dinâmica, onde o ensino possa ser efetivado com o auxílio da informática, e que com seus sons e imagens tudo possa ser concretizado e o ensino/aprendizagem possa transpor os limites das paredes.
     Essas idéias expostas aqui servem de base para se discutir e ampliar os conhecimentos relacionados à tecnologia como forma autêntica de descoberta. Independente de sua aplicação, não há como negar a sua contribuição na linguagem usada, servindo-se de sua própria emancipação política, social, cultural e estética, permitindo-lhes ainda o amadurecimento dele próprio.
     É sabido que os professores de disciplina como Língua Portuguesa e demais disciplinas, sobretudo no Ensino Fundamental, tem uma responsabilidade enorme, mesmo porque o estudo da  linguagem é complexa exige dele um  conhecimento abrangente.  E, considerando as transformações que o mundo vem passando nesse principio de século, a escola deve estar preparada para usufruir da tecnologia que está aí ao nosso dispor.

  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS









   

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