INTRODUÇÃO
A monografia cujo título, é Necessidade de
Informatização da Escola, faz uma abordagem sobre a questão da informatização
cuja finalidade é propiciar o aluno a oportunidade de usar a tecnologia
disponível para o desenvolvimento de suas habilidades assim como o
desenvolvimento raciocínio lógico e que ele possa ter acesso ao computador no
contexto da sala de aula.
Antes da
criança, freqüentar a escola passa por processos de educação importantes: pelo
familiar e pela mídia eletrônica. No ambiente familiar, mais ou menos rico
cultural e emocionalmente, a criança desenvolve suas conexões cerebrais, seus
roteiros mentais, emocionais e suas linguagens. Os pais, sobretudo a mãe,
facilitam ou complicam, com suas atitudes e formas de comunicação mais ou menos
maduras, o processo de aprender a apreender de seus filhos.
Essa pesquisa se justifica pela necessidade
de se compreender a escola como espaço para análise crítica-reflexiva, seu
papel social e político. Daí a importância desse tema, em sensibilizar os
docentes para a discussão e compreensão da educação como processo histórico,
objetivando uma formação integrada às novas tecnologias, sobretudo no que diz
respeito à utilização do computador, não como uma variável independente, e sim
como produto das relações sócio-culturais dos homens. Dessa forma, os
professores poderão contribuir para que os alunos desenvolvam uma postura
crítica-reflexiva frente às transformações, pelas quais vem passando a
sociedade.
O principal objetivo desta pesquisa é mostrar
que a informática na educação facilita o raciocínio ou possibilita situações
propiciadoras de resolução de problemas enriquecendo e favorecendo o processo
de aprendizagem. É importante também que se mostre porque a transição de
paradigma educacional deve ser vista como algo que transcende aspectos e
interesses políticos e econômicos e também porque a mudança de paradigma deve
ser suplementada por ferramentas que permitam a implementação do paradigma
construcionista.
Nesse sentido, a informática poderá se
tornar agente catalisador do paradigma educacional como ferramenta facilitadora
da descrição, reflexão e a depuração de idéias.
Assim a promoção da aprendizagem será efetivada concedendo ao aluno o
controle sobre seu processo de aprendizagem.
Dentre outros objetivos destacamos o
incentivo dos alunos para conhecerem as ferramentas da informática; o
desenvolvimento das habilidades cognitivas e motoras, percepção da informática
como aliada do cotidiano escolar; identificação da informática como meio de amplitude
de conhecimentos.
Partindo da problematização de como usar a
informativa e internet didaticamente discutiremos as vantagens e seus
benefícios na aprendizagem. A partir daí discutiremos a utilização da
informática na ampliação dos conhecimentos dos alunos e o desenvolvimento de
suas habilidades. Para isso será feito um levantamento das escolas municipais
informatizadas em São
Miguel do Araguaia.
Conforme o proposto, a monografia se divide
em quatro capítulos distintos: o primeiro capitulo, “Reflexões sobre o processo
de informatização na escola”, mostra a efetivação do processo de informatização
nas escolas com base num breve histórico em que comparamos a nossa realidade
quanto à utilização dos computadores na escola e as divergências do papel do computador.
O segundo capítulo, “O papel do professor”,
será analisado o perfil e a sua formação para engendrar esse processo de
informatização sendo o principal responsável para incorporar o uso do
computador didaticamente, assim como propiciar ao aluno a utilização da
informática não só para pesquisa aleatória, mas como ferramenta com uma gama de
recursos que podem ir além de conversas, troca de e-mails, e experiências com
alunos de outras escolas.
O terceiro capítulo, “Escola e Informática–Perspectivas”
são abordadas experiências de escolas de outros estados para nos situarmos como
o computador está sendo utilizado, para em seguida fazermos uma análise da
nossa realidade, assim poderemos avaliar como as ferramentas da internet
poderão ser utilizadas ou mesmo se há possibilidade real de ser implantada em
nossas escolas.
O quarto capítulo, “Pesquisa de Campo na
Escola Municipal Santa Lúcia, será analisado a questão do uso do computador,
por ser a única escola municipal informatizada em São Miguel do Araguaia
e, dessa forma atentaremos para a forma como vem sendo utilizada essa
tecnologia no cotidiano dos alunos”.
Para a elaboração dessa pesquisa contamos
com uma vasta bibliografia, pesquisa de campo realizada “in loco”.
CAPÍTULO
I
REFLEXÕES
SOBRE O PROCESSO DE INFORMATIZAÇÃO NA ESCOLA
Ao
fazer esse estudo sobre a informatização, constatamos que Estados Unidos foram
os primeiros a se interessarem pela implementação da informática na educação.
Esse fato ocorreu de forma completamente descentralizada e independente de
decisões governamentais, no entanto o uso do computador na escola foi
pressionado pelo desenvolvimento tecnológico e pela competição dos mercados e
pela competição estabelecida pelo livre mercado das empresas que produzem
softwares, das universidades e das escolas. As mudanças de ordem tecnológica
apesar de fantástica e palpável não correspondem às mudanças pedagógicas.
O
mesmo não aconteceu na França. A implementação da informática partiu de
decisões governamentais baseadas num planejamento em termos de público alvo,
materiais, softwares, meios de distribuição, instalação e manutenção dos
equipamentos nas escolas. O programa da França não tinha como objetivo uma
mudança pedagógica, mas, sim a preparação do aluno para ser capaz de usar a
tecnologia da informática.
No
Brasil, quando se trata de introdução da informática na educação percebe-se
claramente que possa ter ocorrido de forma completamente diferente dos
programas adotados em outros países. Primeiro, partiu de seminários, programas,
discussões e propostas feitas pela comunidade de técnicos e pesquisadores da
área. Segundo, as metodologias implantadas deveriam ser sempre fundamentadas em
pesquisas pautadas em experiências concretas, usando a escola pública. Terceiro,
o papel do computador foi o de provocar mudanças pedagógicas profundas ao invés
de automatizar o ensino, ou preparar o aluno para ser capaz de trabalhar com o
computador. Percebe-se então, o contraste entre os países de primeiro mundo e
países subdesenvolvidos.
Mais
de 20 anos (desde início de 1970) experiências na UFRJ, UFRGS e UNICAMP,
mostram que as idéias dos educadores não foram impregnadas e nem tampouco
consolidou se no sistema educacional brasileiro a real implementação da
informática na educação.
Comparando
esses três países, pode-se afirmar que o papel dos computadores nas escolas se
atribui aos Estados Unidos à automatização do ensino e promoção da
alfabetização tecnológica, na França esse papel se desenvolveu a capacidade
lógica e preparação do aluno para trabalhar na empresa enquanto que no Brasil o
papel do computador ficava restrito a provocação de mudanças pedagógicas
profundas.
Na
década de 80, novas mudanças tecnológicas possibilitaram a expansão do uso do
computador. Com um telefone e um
computador passou-se a ter acesso ao mundo em segundos. Alguns
acreditavam que a escola havia acabado e que professor seria substituído pelo
computador, pelo vídeo e pela televisão. Isso é bem duvidoso, pois independente
desses avanços, o professor seria substituído, uma vez que o educando não
necessitasse da presença humana e mais ainda, para que ele ingressar nesse
mundo tecnológico seria fundamentalmente importante que tivesse um conhecimento
prévio para usufruir desses meios.
Nesse processo percebe-se claramente
que os avanços da tecnologia, em vez de apenas concentrar nas mãos de consagradas
empresas (agências de notícias, por exemplo) o que deve e pode conhecer; abre a
possibilidade de escolher o que quer saber e conhecer. É claro que essa
possibilidade transforma ainda mais o modo de pensar de cada um. Muda o perfil
da sociedade e atinge a escola.
1.1 Desafios em Relação à Informática
no Campo Educacional
No campo da educação, o desafio maior
é a busca da incorporação dessa tecnologia na dimensão sócio-cultural, de tal
modo que se equilibrem dois pólos tão distantes entre si: o cidadão do mundo e
o homem degredado em seu próprio meio, impossibilitando de não ver reconhecidos seus direitos, mas de saber
que têm direitos. O cidadão da globalização aquele que emerge do conhecimento
pleno, é o homem aviltado.
Ao falar do cidadão global, aquele que
emerge do conhecimento pleno; corre o risco de se tornar mal informado devido
ao excesso de informação que terá a sua disposição; ao apontar que atualmente o
mais importante na comunicação não é o pólo de emissão, mas sim o pólo da
recepção, ou seja, não é apenas aquilo que está dizendo, mas o modo como está
entendendo sabendo que; apesar da globalização ou até por causa dela cada vez
mais entenderá de acordo com a cultura nacional, com o jeito de ser do grupo e
de nós mesmos, com certeza caberá a escola a formação do cidadão. A escola se
redimensiona. Além de seus papéis consagrados, ela agora incorpora a chamada
modernidade, é ela que vai ensinar o aluno a trabalhar a informação e não a
recebê-la apenas, ou seja, é ela que vai dotar o aluno de condições para em vez
de ser um consumidor passivo da informação, saber incorporá-la a partir do
conjunto de idéias, valores e objetivos de sua cultura, usando essas informações,
essa tecnologia, para colaborar na solução dos problemas de sua realidade. Para
que isso aconteça, evidentemente, é necessário que a tecnologia esteja à
disposição das escolas, é necessário que o professor seja o grande condutor nos
caminhos desse mundo das realidades virtuais (isto é, desenhadas ou montadas em
computadores) e das realidades vividas e construídas.
Só
a escola poderá formar cidadãos que poderão usufruir da tecnologia para
diminuir a distância entre o homem pleno e o homem desrespeitado na sua
condição humana.
A
escola poderá recuperar seu papel sedutor quando for capaz de recriar seus
saberes antigos: ler; escrever; falar corretamente, valer-se desse recurso para
analisar e compreender o mundo, para produzir e criar informações, bem como
para discernir entre elas. O novo, agora é que o papel da escola, na construção
da cidadania vai se tornando cada vez mais crítico. “Nós, educadores, teremos cumprido nossa função se conseguirmos vencer o
desafio de tornar público o
saber”.
A
participação crítica nesse mundo da globalização que a tecnologia ajudou a
construir exige formação de cidadãos. É a construção da cidadania efetivada por
meio da educação, sobretudo, a educação básica.
A
escola, sem dúvida passará ao uso computador. Ele tem se revelado de grande
valia no ensino. Da sala de aula, os alunos poderão falar com estudantes de
outros países, de outras culturas, dialogar com eles, aprender com eles,
ensinar a eles.Também poderão ter acesso às enciclopédias, ter acesso a novas
paisagens, conhecer outros paises, adentrar em outras culturas.
Porém,
se o uso do computador ocorrer apenas na perspectiva de instrução, seu valor
ficará drasticamente reduzido. A educação continuará a ter como base a
reprodução do conhecimento e o computador servirá apenas para colocar a
disposição uma gama de informações que a humanidade já acumulou. Sendo assim, a
escola deveria se preocupar mais com as informações.
Cabe a escola usar o computador; assim como
outros meios como formas de acesso crítico ao conhecimento da humanidade. A escola compete educar, ou seja, fazer com
que o aluno aprenda a apreender. Em outras palavras: o computador (ou quaisquer
outros equipamentos) devem ser usados para possibilitar ao aluno a busca de
informações em várias fontes, analisá-las, questioná-las, a construir com elas
um outro saber; um conhecimento adequado à sua realidade, à identidade de seus
pais e de seu grupo, a identidade, dele próprio.
A
tecnologia obriga a escola a ser o que sempre objetivou ser: critica, fazendo
do aluno não um ser passivo de conhecimentos prontos, entretanto um ser mais
ativo, um sujeito da História.
Sabe-se
que o acesso ao desenvolvimento tecnológico é desigual e nem sempre está
disponível. Mas ele está cada vez mais claro. A maioria das escolas brasileiras
está equipada com televisão, antena parabólica e aparelho de videocassete.
É
preciso ficar alerta para o fato que as novas tecnologias – computador, fibra
ótica, satélite etc. – podem atuar (e vem atuando) no sentido de reforçar a
divisão entre informação e cultura dirigidas à camada da sociedade que toma
decisões e outra modalidade de informação e cultura voltadas para o
entretenimento da maioria da população. Os primeiros têm acesso a um amplo
leque de informações; os segundos, a uma informação superficial e pouco
abrangente.
Segundo
Valente:
Essa
fragmentação reforça ainda mais a divisão social. De um lado, os que participam
de alguma forma do poder; esses têm informações que possibilitam a tomada de
decisões – e sabemos que hoje o poder passa cada vez mais pela informação. De
outro lado, a imensa maioria da população, à qual os meios de comunicação se
dirigem. Para esses últimos, é como se os meios de comunicação destinassem
apenas ao entretenimento.”Vocês não
precisam se preocupar com isso: divirtam-se, distraiam-se, descarreguem
a frustração que significa levantar cedo, passar horas num automóvel, trabalhar
num lugar chato, num trabalho insignificante, num trabalho que enriquece, ter
de gastar mais de uma hora para voltar para casa. Descansem. Distraiam-se. E os
meios de comunicação trabalham fundamentalmente para a imensa massa de gente
estressada, cansada, enquanto outro tipo de comunicação e informação vai por
outro lado, para poder realmente dirigir, orientar essa sociedade para tomar
decisões lembra o autor. (1991:26)
A escola e o professor terão de
trabalhar esse outro tipo de comunicação, sem desprezar o entretenimento.
Desafio grande que só pode ser respondido na medida em que o aluno não receba a
informação como algo a reproduzir, mas perceba essa recepção como lugar de
reelaboração, onde sua criatividade se exercerá permanentemente.
Evidentemente a condição para que isso
ocorra é dada, cerceada ou limitada, ou desenhada pelo pólo de produção da
informação. É preciso, portanto, conhecer as condições de produção da
informação: em que não estão os avanços tecnológicos, quem tem poderes para
definir a divulgação ou conhecimento, entre outros aspectos. São dados
indispensáveis para orientar a recepção no caminho da reorganização das
informações, buscando atender aos objetivos da cultura e do receptor. Se, por
um lado, o conhecimento começa a ser cada vez mais limitado, por outro, esse
conhecimento só se efetiva quando é recebido por alguém que vai lê-lo de acordo
com seu universo. Logo, se o
conhecimento é global, a efetivação dele é regional e individual. Nesses processos, a escola enquanto espaço de
reflexão estabelece um dos seus mais importantes papéis.
Verifica-se que nas escolas a
realidade ainda se constitui na lousa e no giz pelo fato da maioria das escolas
apresentarem os únicos equipamentos à disposição. Urge correr contra o tempo
para que as distâncias entre professores e o mundo globalizado não sejam ainda
maiores, na velocidade imediata de hoje.
Os computadores possibilitam
representar e testar idéias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo
abstrato e simbólico, ao mesmo tempo, de diferentes formas de atuação e de
interação entre as pessoas. Essas novas relações, além de envolverem
racionalidade técnico-operatória e lógico-formal, ampliam a compreensão sobre
aspectos sócio-afetivos e tornam evidentes fatores pedagógicos, psicológicos,
sociológicos e epistemológicos.
O clima de euforia em relação à
utilização de tecnologias em todos os ramos da atividade humana coincide com um
momento de questionamento e de reconhecimento da inconsistência do sistema
educacional. Embora a tecnologia da informática não seja autônoma para provocar
transformações, o uso de computadores em educação coloca novas questões ao
sistema e explicita inúmeras inconsistências.
Não se pode mais questionar o uso do
computador em educação, e nem tampouco adotá-lo como a panacéia para os
problemas educacionais. O professor deve estar ciente das implicações e
contribuições efetivas desses novos formalismos de representação ao processo
pedagógico. É preciso que ele saiba integrar o computador ao seu espaço de
saber, de modo a restabelecer as formas de aprendizagem que enfatizem a ação e
a reflexão de seus alunos. É preciso, portanto haver uma preparação do
professor para atuar nessa nova realidade.
Muitos autores defendem a idéia de que
o computador é uma ferramenta a serviço de um projeto pedagógico. O computador
só faz amplificar os processos já existentes. Para isso, é necessário
planejamento e organização curricular por projetos. Assim o computador poderá
se tornar uma excelente fonte de pesquisa para o tema dos projetos. Funciona
como troca de e-mail entre os alunos, entre outras escolas e outros
professores.
O computador abre o espaço de
documentação do material que vai sendo produzido pelo grupo. Pode se constituir
um banco de dados pelos alunos, com contribuições de pais e alunos de outra
classe ou escola.
Na criação e viabilização de projetos,
o computador é instrumento de trabalho e de construção coletiva de
conhecimento. Espaço por excelência de encontro de disciplinas, de conteúdos e
de pessoas.
È importante salientar que:
A mudança da função
do computador como meio educacional acontece juntamente com um questionamento
da função da escola e do papel do professor. A verdadeira função do aparato
educacional não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar condições de
aprendizagem. Isso significa que o professor precisa deixar de ser o repassador
de conhecimento – o computador pode fazer isso e o faz muito mais
eficientemente do que o professor – e assar a ser o criador de ambientes de
aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do
aluno (VALENTE, 1993:6)
Tal desenvolvimento ocorre em um
contexto educacional em que se dá o jogo das inter-relações sociais entre s
sujeitos históricos.
Diante desse contexto de transformação
e de novas exigências em relação ao aprender, as mudanças prementes não dizem
respeito à adoção de métodos diversificados, mas sim à atitude diante do conhecimento
e da aprendizagem, bem como uma nova concepção de homem de mundo e de
sociedade. Isso significa que o professor terá papéis diferentes a desempenhar,
o que torna necessário novos modos de formação que possam prepará-lo para o uso
pedagógico do computador, assim como para refletir sobre sua prática, (reflexão
na prática e sobre a prática conforme Shön, 1992).
Tratando-se do computador, como
processador de textos, ele pode eliminar, alterar, deslocar palavras,
expressões e trechos consideradas tarefas que marcam as sucessivas
re-escrituras que um texto é submetido até a versão final. Tais tarefas
encontram maior flexibilidade com o uso dos processadores de texto. Retirando
de tais tarefas o peso das sucessivas reflexões, o usuário pode concentrar-se na
produção mais elaborada do texto de maneira a atender a seus objetivos, seu
ônus de copiar inúmeras vezes as passagens que deseja manter.
O uso do corretor ortográfico durante
o processo de revisão não libera, como se poderia imaginar, o usuário das
tarefas de pensar acerca das questões ortográficas. Da simples identificação de
caracteres incorretos, à decisão de incluir termos não pertencentes ao
inventário disponível, cabe ao usuário realizar a escolha, confrontando sua
forma com opção sugerida pelo equipamento. É importante considerar ainda que,
há uma série de aspectos da chamada revisão das convenções da escrita que
escapam da identificação: problemas envolvendo a segmentação de palavras cujo
resultado produza muitas palavras possíveis na língua, por exemplo, “com
seguiu” (para conseguiu); aspectos relativos à concordância e regência, ao
emprego da pontuação que não dispensam a ação atenta do sujeito.
Além disso, tais aplicativos
possibilitam a obtenção de um layout bastante próximo daquele usado nos textos
impressos de circulação social, pois permitem a seleção da fonte, dos
caracteres, a distribuição do texto em colunas, a inclusão de gráficos e
tabelas, a inserção de figuras, moldura etc. Isso torna possível a publicação
de jornais, revistas, folhetos utilizando-se a educação eletrônica para seus
produtores.
Um outro aspecto interessante é a
possibilidade de, estando conectado com alguma rede, poder destinar os textos
produzidos a leitores reais, ou interagir com outros colegas, também na rede,
ampliando as possibilidades de interlocução por meio da escrita e permitindo
acesso on line ao conhecimento enciclopédico acumulado pela humanidade.
Há uma série de softwares disponíveis
no mercado, produzidos com a finalidade de trabalhar aspectos específicos de quaisquer
disciplinas. Como qualquer recuso didático, devem ser analisados com cuidado e
selecionados em função das necessidades colocadas pelas situações de ensino e
aprendizagem.
O CD-ROM, multimídia e hipertexto
combinam diferentes linguagens e atividades multidisciplinares que favorecem a
construção de uma representação não linear do conhecimento, permitindo que cada
um, segundo seu ritmo e interesse, possa dirigir sua aprendizagem: buscando
informação complementar, selecionando em um texto uma ligação com outro
documento, por uma palavra ou expressão ressaltada: buscando representações em
outras linguagens - imagem, som, animação – com os quais pode interagir na
construção de uma representação mais realista.
È importante, ainda, no trabalho
escolar, analisar criticamente a sedução dos meios de comunicação. Uma das
possibilidades é a produção de CD_ROMs pelos próprios alunos, que permite
revelar e compreender a funcionalidade de elementos presentes na dinâmica do
suporte para a representação do real: articulação entre a linearidade do texto
verbal e a possibilidade de introduzir informações suplementares em outras
linguagens. (preparação de imagens, de sons, de animação) etc.
Um dos eixos das mudanças na Educação
passa por sua transformação em um processo de comunicação autêntica e aberta
entre professores e alunos, primordialmente, mas também incluindo
administradores e a comunidade, principalmente os pais.
Só vale a pena ser educador dentro de
um contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Só aprendemos
profundamente dentro desse contexto. Não vale a pena ensinar dentro de
estruturas autoritárias ou de forma autoritária. Pode até ser mais eficiente ao
curto prazo – os alunos aprendem rapidamente determinados conteúdos
programáticos – mas não aprendem a ser pessoas, a ser cidadãos.
O computador, portanto, é uma ferramenta
essencial à educação nos dias de hoje. E a sua chegada à escola é inexorável. A
transformação que este meio tem produzido na sociedade tem repercussões
importantes nos processos educacionais. Mais do que pensar no que fazer com
esses meios em situações de aprendizagem é preciso buscar as condições para que
a escola possa integrar-se conscientemente na sociedade global.
Equipamentos
modernos apenas não bastam para fazer parte desses novos tempos. Ao mesmo
tempo, que os meios tecnológicos interagem, exigem uma revisão de métodos
tradicionais de ensino. No contexto escolar tende-se a relegar os hábitos dos
alunos a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no
aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam durante a maior parte do
tempo, confinados às salas que se abrem para aulas de informática, sem se
incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da
biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.
Geralmente
crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades
oferecidas pelo mundo digital, embora com fins recreativos. Segundo o Comitê
Gestor da Internet no Brasil dos 32,1 milhões de usuários da rede no país, a
maioria é jovem. Muitos professores ficam constrangidos diante dessa
desenvoltura, mas não há razão para isso. Luis Fagundes, do laboratório de
Estados Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio
grande do Sul, alerta o seguinte: “o que o estudante quer é ser orientado e
ouvido, e não provar que entende de computador.
CAPÍTULO II
O PAPEL DO PROFESSOR
Evidencia-se
que uma das principais condições para o desempenho do trabalho do educador,
nesse início de século, é a sua capacidade de entender as mudanças, identificar
os problemas e condições delas decorrente, e apontar alternativas educacionais
que concorram para uma educação voltada para a constituição da cidadania.
A utilização das
tecnologias na sala de aula só auxiliará o desenvolvimento de uma educação
transformadora se for baseada em um conhecimento que permita ao professor
interpretar, refletir e dominar criticamente a tecnologia. Isto porque o
contato que os alunos terão com essas tecnologias na escola se diferenciará
daquele que os meios de comunicação e vida diária proporcionam. Será um contato
conectado por um professor capaz de analisar criticamente essas tecnologias,
criar situações e experiências a partir da realidade do aluno (hoje povoada pelas
tecnologias), para, construindo e praticando novas propostas pedagógicas,
auxilia-lo na construção de conhecimento, com vistas a atuar nessa realidade de
maneira critica e criativa. (SANTOS: 1998: 22).
Em geral, o professor que procura o
caminho da interdisciplinaridade torna suas aulas dinâmicas e provocadoras. A
discussão em sala de aula surge sempre para produzir uma nova concepção e visão
das coisas, que acontecem no mundo, por isso o professor provocador busca
facilitar o conhecimento da maneira mais concreta possível.
Atualmente a
criança está cada vez mais aberta aos estímulos, motivada a interagir com seu meio, assim precisamos urgentemente de
formar professores capazes de facilitar
o conhecimento com grandeza e
amplitude, um professor aprendiz, sempre em formação.
Constata-se que as práticas pedagógicas caminham para uma tendência de construção do conhecimento, e por isso só
pode ser concretizado quando se respeita as diferenças, a diversidade. Para que a criança
adquira maturidade psíquica e busque a sua identidade é fundamental que se
perceba diferente, única. Respeitar as diferenças é caminhar no sentido de um
novo espírito de cidadania que deve ser desenvolvido a partir das múltiplas
relações sociais.
Quando Paulo Freire diz que “o
homem deve aprender a falar sua própria palavra e não apenas repetir a do outro”, ele nos
fala objetivamente de uma Escola preocupada apenas em repassar o
conhecimento, reprodutora de padrões ultrapassados, de preconceitos, enfim pouco preocupada com a
formação integral do indivíduo, principalmente no que diz respeito sua
capacidade de crítica e reflexão..
O profissional de
educação deve ser sensibilizado para o fato de que ele pode ser o norteador não
apenas de como apreender o conhecimento, mas, principalmente, indicar para que
serve o mesmo. Eles podem tornar pessoas críticas e questionadoras, engajadas
numa busca existencial, mas pode também contribuir significativamente para a
formação de pessoas desvinculadas da realidade e fragmentadas no seu potencial
criador apáticas e acríticas, o que é terrível.
Acontece que a entrada da criança na escola, em geral, realiza-se
acompanhada por um imenso sentimento de ruptura, pois a criança, ainda em
formação da sua identidade, passa a ser cerceada justamente nisso. O corpo que
aí está, não funciona apenas como receptáculo, mas como principal, instrumento
de sua adução no mundo, porque o seu estar-no-mundo é mediatizado
principalmente pelo seu sentir, pela sua percepção, sofre um intenso processo de castração. Na escola devemos ir
levando apenas a “cabeça”, a razão. E o resto do corpo fica incapaz de
expressar-se através de uma linguagem plena de sentido. Ora, se a criança não
pode “brincar, jogar” com o seu corpo, seu afeto, enfim sua sensibilidade,
então será impedida de exercitar-se no seu melhor, que é constituído pela
capacidade de criar e envolver-se com o corpo inteiro, global naquilo que faz.
Só aprendemos o que queremos e estamos motivados a querer.
Em geral, deve se oportunizar ao estudante um ambiente de trocas
das diversas experiências pelo grupo, motivando e despertando o interesse pelo
conhecimento experimentado, compartilhado, a apreensão dos conteúdos corresponderá à realidade, ao contexto no
qual está inserido. O movimento de estabelecer relação entre as coisas,
viabiliza o professor o exercício de práticas pedagógicas diferentes.
Mais do que nunca, questiona a
maneira pela qual valoriza-se a apreensão do conhecimento. Novas propostas
educacionais põem em questão a necessidade da quebra de paradigmas para que de
fato possa emergir um sujeito mais equilibrado no uso de sua razão e emoção. Se
tem uma prática pedagógica ainda fundamentada no valor razão, temos uma
sociedade perdida no seu potencial criativo. A sociedade contemporânea coloca
suas expectativas na criação de um novo indivíduo, o futuro precisa “garantir”
a formação de pessoas mais integradas, aprendizes diários, pescadores de uma
realidade instantânea. É preciso então que a Escola comece a preocupar-se em
fazer da sala de aula um espaço rico para exercitar a razão com a emoção.
Hoje, o mercado torna-se cada vez
mais competitivo, todos têm de cumprir o mesmo destino: falar mais de um
idioma, de preferência o inglês, usar de maneira desembaraçada um computador,
ter curso universitário, ser especializado etc; E o diferenciador durante uma
seleção de candidatos para tal e tais cargos, qual é? Certamente está na
capacidade de ser criativo, de solucionar problemas, de deixar-se emocionar.
Necessita-se
quebrar paradigmas e valores cristalizados que endurecem a realidade da sala de
aula e produzem cidadãos sem compromisso com a sua identidade social, ”sem
ideologia” e sem vínculos com o outro. Assim, acreditamos que a escola tem de
repensar seu lugar de instituição formadora, abrindo a salas de aula para o mundo, onde o educando acredite ser
possível viver e enriquecer sua experiência racional através de sua emoção e
afetividade. Certamente, quando conseguirmos realizar esse percurso teremos
formado um sujeito não apenas inteligente, mas com capacidade de sentir.
Espera-se
de um professor, em primeiro lugar, seja competente na sua especialidade, que
conheça a situação das redes eletrônicas na educação, a matéria, que esteja
atualizado. Em segundo lugar, que saiba comunicar-se com seus alunos, motivá-los,
explicar o conteúdo, manter o grupo atento, entrosado e cooperativo, produtivo.
A
aquisição da informação, dos dados dependerá cada vez menos do professor. Hoje
as tecnologias podem trazer dados, imagens resumos de formas rápida e atraente.
O papel do professor – o papel principal é ajudar o aluno a interpretar esses
dados, a relacioná-los, a contextualizá-los. O professor é um facilitador que
procura ajudar cada um a conseguir avançar no processo de aprender. Contudo, há
os limites do conteúdo pragmático, do tempo de aula, das normas legais. O papel
do professor é dar sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento baseado
num labirinto de possibilidades.
Um
dos eixos fundamentais da educação é fazer com que os alunos e professores
desenvolvam sua autoconfiança, sua auto-estima; que tenham respeito por si; que
percebam, sintam e aceitem o valor pessoal e dos outros. Assim será mais fácil
aprender e comunicar-se com os demais. Sem essa base de auto-estima, alunos e
professores não estarão inteiros, plenos para interagir e se digladiarão como
opostos, quando deveriam agir como parceiros.
O
conceito de educação permanente é importante do ponto de vista profissional
para atualizar o professor, mas também as pesquisas da mente confirmam a sua
importância para a pessoa. Isso significa estar sempre aprendendo,
relacionado-se, interagindo, prestando atenção ao início do processo, quando as
crianças, e ao mesmo tempo manter a atitude permanente de curiosidade, de
abertura para mundo, de aprender-ensinar
em todas as etapas e situações.
Pela
educação inovadora e integradora desenvolverá as potencialidades, qualidades,
habilidades de professores e alunos, para se realizarem e tornarem produtivos
em todas as dimensões possíveis interpessoais e sociais.
2.1 Formação do
Professor para a Informatização
Com
relação à formação do professor uma das principais condições para o desempenho
do trabalho do educador, nesse início de século, é a sua capacidade de entender
as mudanças, identificar os problemas e condições delas decorrente, e apontar
alternativas educacionais que concorram para uma educação voltada para a
constituição da cidadania.
É urgente que se viabilize uma nova concepção da Escola, mas para que
isso seja possível, é necessário que aconteça uma reformulação dos valores que
impregnam a prática pedagógica. Vivemos um mundo da instabilidade, no qual os
estímulos provocam toda a nossa rede de percepção, então entramos no jogo da vida com o corpo inteiro. O olho, o
ouvido, e as mãos lêem o mundo para melhor compreendê-lo e percebê-lo na sua
diversidade. Atualmente, somos envolvidos por uma série de signos interligados,
conectados por mensagens prontas para serem capturadas pelo olhador-leitor.
É necessário formarmos pessoas capazes de responder
os estímulos de maneira produtiva,
deixando de ser um receptor passivo e ausente da informação. Hoje, temos uma criança cada vez mais aberta aos
estímulos, motivada a interagir com seu
meio, assim precisamos urgentemente de formar professores capazes de
facilitar o conhecimento com
grandeza e amplitude, um professor
aprendiz, sempre em formação.
As práticas
pedagógicas caminham para uma tendência de construção do conhecimento,
e por isso só pode ser
concretizado quando se respeita as diferenças,
a diversidade. Para que a criança adquira maturidade psíquica e busque a sua
identidade é fundamental que se perceba diferente, única. Respeitar as
diferenças é caminhar no sentido de um novo espírito de cidadania
que deve ser desenvolvido a partir das múltiplas relações sociais.
Na realidade, ainda se depara com as
velhas propostas pedagógicas que entendem o estudante como um receptáculo de
informações, que na maioria das vezes nem sequer são arquivadas na memória,
indo mesmo para o lixo porque não têm utilidade ou sentido. Os educandos dentro
dessas possibilidades jamais são apreciados nas suas potências diferenças.
Louva-se a igualdade. Todos precisam ser iguais, padronizados e informados. A
diferença provoca no outro a consciência de identidade e individualidade e, isso
não interessa, e todos podem, de certa forma, conjeturar a respeito disso.
Afinal ser diferente implica também em ser livre para ser diferente. A
liberdade é condição existencial.
Verifica-se com freqüência que
apenas o desenvolvimento intelectual é valorizado na Escola, enquanto os
aspectos do desenvolvimento afetivo são esquecidos. No entanto, só aprendemos o
que desejamos e, conseqüentemente demandamos afetivamente.
A sociedade contemporânea coloca suas
expectativas na criação de um novo indivíduo, o futuro precisa “garantir” a
formação de pessoas mais integradas, aprendizes diários, pescadores de uma
realidade instantânea. É preciso então que a Escola comece a preocupar-se em
fazer da sala de aula um espaço rico para exercitar a razão com a emoção.
CAPÍTULO III
ESCOLA E INFORMÁTICA – PESPECTIVAS
Constata-se
que uma das idéias mais comuns quando se começa a trabalhar com computadores
nas escolas é a de constituir um ambiente específico para isso. O caminho
costuma ser a criação de um laboratório de informática.
A
constituição do espaço físico acaba por induzir um conjunto de experiências
porque a distribuição desse espaço guarda certa relação com algumas concepções
de ensino e aprendizagem. Isso não é nenhuma novidade.
Laboratórios
de informática facilitam a adoção de certas experiências, baseadas em um
conjunto de pressupostos pedagógicos condizentes com o ambiente físico.
Laboratórios de informática costumam, por exemplo, viabilizar a adoção de
modelos de informatização das escolas em que o professor regular não tem vez.
Aquele professor do dia-a-dia, que ministra as aulas de Língua Portuguesa,
Matemática, Geografia, não entra nesses laboratórios. Um outro profissional é
contratado para cuidar especificamente do laboratório de informática e dos alunos.
O
interessante seria implementar um laboratório e utilizá-lo com os professores
das disciplinas. Ao que tudo parece, a existência do laboratório, com tantas
máquinas, exige um profissional especifico, especialista, capaz de “cuidar” das
máquinas, do laboratório e, por fim, da própria educação dos alunos (eis, o
grande equívoco!). O modelo de utilização de computadores baseado em
laboratório, a causa de todo esse malabarismo, não tem raízes em qualquer
fundamentação pedagógica.
A prioridade de investimento se
dá na implantação de tecnologias telemáticas de alta velocidade, no caso da
Internet, que possibilita conectar alunos, professores e corpo administrativo.
A
expectativa que se tem hoje, é que as tecnologias possam gerar soluções
rápidas. Ledo engano. Elas podem sim, ampliar a visão de conhecimentos,
conceito de aula espaço e tempo de comunicação audiovisual e ainda estabelecer
pontes novas entre o presencial e o virtual, entre o estar juntos e o estar
conectados à distância.
As tecnologias são importantes,
mas não resolvem as questões mais profundas. Ensinar e aprender sempre é um
desafio, e, sobretudo agora que se vive um momento de transição do modelo de
gestão industrial para o da informação e do conhecimento.
Tem-se como desafio o ensino de qualidade
com uma educação de qualidade capaz de enfrentar as dificuldades para mudar a
educação como a desigualdade social, a precariedades das instituições,
distanciamento entre prática e teoria, a falta de ética, o autoritarismo.
As
mudanças dependem exclusivamente do corpo docente intelectualmente preparado,
atento às necessidades dos alunos. Dependerão também de administradores
competentes, pais maduros e abertos ao diálogo e dispostos a se envolverem no
processo pedagógico e alunos conscientes.
A
construção do conhecimento na sociedade da informação deixa de ser fragmentado,
englobando o pensar, o raciocinar, organização do discurso.
A informação se processa de várias formas,
conforme o objetivo e o universo cultural, sendo a forma mais comum o processamento
lógico-seqüencial, expressada na linguagem falada e escrita.
Em
outro momento a informação se processa de forma hiper-textual, contando
histórias, relatando situações que interconectam, ampliam que leva aos novos
significados, denominada de comunicação “linkada”, através de nós
intertextuais.
Atualmente a informação se processa de
forma multimídica, usando inúmeras linguagens. A leitura deixa de ser
seqüencial, transformando numa leitura em flash, mais livre.
Querendo ou não convivemos com essas
diferentes formas de processamento de informação, em virtude da sociedade
atual, exigir rapidez para enfrentar as diferentes situações. Os meios de
comunicação como a televisão já é inserido no cotidiano das pessoas,
favorecendo um tipo de conhecimento de assimilação rápida, graças, ao uso de
canais sensoriais e linguagens simultâneas.
As formas de informação mutimídica ou hiper-textual cada vez mais são
difundidas e menos seqüenciada. As crianças e os jovens estão totalmente
sintonizados com a multimídia e quando lidam com um texto, fazem mais
facilmente com o texto conectado através de links, de palavras chaves, o
hipertexto. Assim o livro se torna cada vez menos atrativo.
O
professor não deve permanecer estático diante das inovações, é preciso saber lidar
com a informação; podendo utilizar todas em diversos momentos, lembrando que
ele terá mais repercussão se começar pela multimídica, passando pela
hiper-textual e, em estágios mais avançados, concentrar na lógico-seqüencial.
Um
dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação
significativa, a escolher as informações realmente importantes entre tantas
possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e
torna-las parte do nosso referencial, assim afirma (MORAN, 2002, p. 23.)
Conforme
afirma ainda, Moran, o conhecimento se dá fundamentalmente no processo de
interação, de comunicação. Independente de ter ou não tecnologias. As pessoas
podem vivenciar processos participativos, comunicando-se abertamente, confiantes
e motivadas em função das possibilidades da aula-pesquisa/aula-comunicação. Num
processo dinâmico, amplo de informação inovadora, reelaborada pessoalmente e em
grupo, de integração do objeto de estudo em todas as dimensões pessoais:
cognitivas, emotivas, sociais, éticas e utilizando todas as habilidades do
professor e do aluno.
O
professor pode modificar a sua forma de ensinar, tendo acesso às tecnologias
telemáticas tornando-se orientador setorial do processo de aprendizagem de
forma equilibrada com a orientação
emocional e a gerencial.
Moran
destaca alguns princípios norteadores sendo eles: a integração de tecnologias,
metodologias, atividades; variação da forma de dar aula, as técnicas usadas em
sala de aula, as atividades solicitadas, as dinâmicas propostas, o processo de
avaliação; planejamento e improvisação, previsão e ajuste às circunstâncias ao
novo; valorização da presença no que ela tem de melhor e a comunicação virtual
no que ela nos favorece. Tem-se como meta integrar as tecnologias de forma
inovadora, sobretudo os meios de comunicação coma a TV e o vídeo, explorando o
ver, sentir. Eles não somente auxiliam na linguagem ou leitura através de
imagens e efeitos sonoros, como auxiliam na escrita, por meio de legendas ou
citações que aparecem na tela, chamando a atenção da criança para os efeitos
visuais. A televisão e o vídeo são completos, pois reúnem o sensorial, o
visual, a linguagem falada, linguagem musical e escrita. Linguagens estas que
se interagem, justapõem, superpõem-se, somam-se, porém não se separam. São
meios que se comunicam com uma grande maioria das pessoas.
Outro aspecto fundamental se refere a própria organização das escolas,
pois não é oferecido espaços que
abranjam os alunos com uma infra-estrutura adequada.O primeiro passo para
adequar essas tecnologias está em preparar os professores a enfrentar os
desafios que se colocarão diante dele. O segundo passo se refere a
familiarização do professor com o
computador com os seus aplicativos e com a Internet. Em seguida deve
auxiliar os professores na utilização pedagógica da Internet e dos programas de
multimídia.
A
escola pode utilizar a Internet em uma sala especial ou laboratório, onde os
alunos se deslocam especialmente, em períodos determinados, diferentes dos da
sala de aula convencional.
A
Internet é uma mídia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas
possibilidades inesgotáveis de pesquisa que ela oferece.
Há
uma tendência de se confundir informação e conhecimento. Quando se usa a
Internet tem-se à mão muitos dados e informações disponíveis. Uma parcela de
alunos ainda resiste, por receberem tudo pronto do professor e esperam que ele
continue dando aula.
Se
o professor tem dificuldades com o ensino presencial, essas dificuldades não se
resolverão com o virtual. A solução está na síntese dos dois modos de
comunicação: o presencial e o virtual.
3.1 Experiências de Implementação de Informática nas Escolas Brasileiras
De acordo com a reportagem “Tecnologia ao
alcance de todos”, da Revista Nova Escola, setembro/2006, há uma década o
computador em escola brasileira era apenas privilégio da elite. Seu uso era
restrito a processamento de textos, enquanto que a internet era novidade.
Atualmente esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções, as
escolas públicas com laboratório de informática ainda são 11% do total, segundo
o Ministério da Educação. Acredita-se que mais cedo ou mais tarde eles estarão
em toda a rede de ensino.
A experiência apresentada numa
escola de Recife e outra de Itacuruçá, distrito do municipio de Mangaratiba, no
litoral fluminense, há pouco entraram na era dos computadores, mas já está
fazendo uso crítico e proveitosos da tecnologia. Elas fornecem exemplos de
projetos que podem ser desenvolvidos nos estágios iniciais de inclusão digital.
A
EE Clóvis Beviláquia, na capital pernambucana, ganhou no início do ano o
laboratório de informática que era esperado a um bom tempo. Com pouco mais de
seis meses depois a escola vive uma nova rotina, com os computadores integrados
ao trabalho didático. O professor de Educação Física Samuel Farias da Silva e
seus alunos de 5ª a 8ª séries utilziam os micros para jogar xadrez. A garotada
exercita suas habilidades em sites. Os parceiros
podem ser tanto o próprio computador como jovens conectados em outros lugares.
Dessa forma, os alunos ganham não só familiaridade com o mundo virtual mas
também com os meandros do próprio xadrez.
Quanto as atividades tradicionais
de sala de aula, “os alunos têm interesse maior pelos conteúdos quando ganham a oportunidade de digitar seus
trabalhos e fazer pesquisas em sites de busca, afirma a coordenadora do
laboratório, Fabiana do Nascimento Gomes. Apenas uma parcela dos 2 mil alunos
da escola tinha alguma prática no manejo das máquinas, vários estão tomando
contato com elas pela primeira vez. Atender tanta gente requer orgazinação, o
professor interessado agenda horários no laboratório e entrega com antecedência
a Fabiana o planejamento de sua aula. Isso permite que ela também programe sua
parte, horário e apoio técnico e didático. Nessa fase de implementação do
laboratório, a coordenadora desempenha papel-chave: muitos professores não têm
computador em sua casa e nem sabem como trabalhar com ele. Nos primeiros meses,
Fabiana quer promover um curso de capacitação para os colegas, embora
participando de trabalhos no laboratório, eles jé estejam avançando muito em
seus conhecimentos. Em todas as atividades quem opera as máquinas são os alunos
que também podem explorar novos recursos por conta própria durante os intervalos
entre as aulas e no contraturno do periodo letivo. Um projeto de monitores
voluntários também está nos planos da escola.
Alunos monitores já são uma realidade
há mais de um ano na sala de informática da Escola Muncipalizada Caetano, de Oliveira em Itarucucá. Um grupo
de 11 alunos do Ensino Médio dá apoio aos professores. Em conjunto eles
orientam as crianças da 1ª série que estão sendo alfabetizadas, à escrever as
primeiras palavras no computador. “o contato com o teclado aumentou o interesse
da escrita, diz a professora Thirley Reink, selecionada para atuar como formadora
no projeto mantido por uma empresa de telecomunicações que promoveu a inclusão
digital na escola. Através dessa
iniciativa alcançou-se dois objetivos: a promoção da inclusão digital e
a diminuição da evasão escolar entre os jovens que ao se tornarem monitores –
todos moradores da Ilha Marambaia, que
por só haver o transporte de barco apenas no final da tarde ficavam ociosos
durante um bom tempo. Na informática eles encontraram um modo de se ocupar,
adquirir conhecimento e estreitar o contato com os estudantes, a garotada da 3ª
série com auxílio dos monitores aprenderam abrir contas de e-mail. Com seus
endereços cadastrados no projeto de
inclusão digital, eles recebem dicas de sites educativos, fazem cursos on-line
e se correspondem com colegas de outras cidades.
A chegada da tecnologia estimulou
alguns projetos. A professora de Artes Rogéria Medeiros elaborou um trabalho
sobre pontilhismo com a 8ª série, começando por uma pesquisa na internet sobre
o francês Georges Seurat (1859-1881), principal representante dessa técnica de
pintura. A partir daí os alunos puderam entender como se faz e que efeito causam as pequenas
manchas sobrepostas e assim puderam produzir os desenhos.
Na Matemática, o professor Richard
Arroio dos Santos passou a buscar na rede joguinhos para desenvolver o raciocínio
lógico. Um deles é a Torre de Hanói, que
consiste em três bastões: num deles estão empilhados argolas de tamanhos
diferentes, da maior para a menor. O objetivo é transferir a torre para outro
eixo, usando o terceiro como intermediário, com uma argola de cada vez e sempre
na ordem de tamanho. “no computador não dá para trapacear por isso o desafio é
maior”, brinca o professor.
Crianças e jovens em rede trocam
informações e experiências ou simplesmente participam de conversas animadas
graças ao projeto, “O lugar onde moro”, voltado para 3ª e 4ª em Joinville Santa
Catarina. O fato do computador não ser novidade nessa escola,
os alunos desenvolvem projetos interativos, trabalhando diretamente com a
publicação e edição de textos e imagens (fotos desenhos e animações). Isso se
denomina de estágio intermediário da utilização da tecnologia digital no
ensino. São inúmeros os projetos dessa escola, como A palavra aberta, que é um
blog que permite aos alunos comentarem vídeos, animações e reportagens. Outros
projetos, Mergulhando nas palavras,
blogs de entrevistas virtuais partem de iniciativas de professores que interagidos
com os alunos buscam implementar, desta forma os alunos se sentem motivados.
Já em São Bernardo do Campo
na região metropolitana de São Paulo, os alunos de 4ª série realizam projetos
de robótica e animação. Essas atividades fazem parte do cotidiano das escolas
municipais no caso da Escola Padre Fiorente Elena uma das mais avançadas.
Recentemente tem se destacado em concursos de nível nacional e concursos
educacionais.O fato dessas experiências darem certo se evidencia pela sincronia
entre laboratório de informática e a sala de aula, o que dá oportunidade aos
professores de utilizarem todos os recursos tecnológicos que dispõem.
Além dos grandes projetos, os
alunos da 1ª série prepararam um livro digital sobre o folclore e as 2ª séries
gravaram um CD de áudio com lendas e contos. As 3ª séries trabalham no webquest
“Conquistadores do Espaço” para aprender sobre Astronomia e Astronáutica. Nessa
escola os temas são trabalhados por séries.
Para Luciana Serafim, afirma que conhecer os recursos de informática
ajuda a planejar as aulas. “Mas não só as ferramentas que não têm utilidade se
a escola não associá-las a um projeto de ensino maior”.
Neste capítulo pode se observar que
são inúmeras as perspectivas de aplicação e uso da informática na educação.
Comparando as diferentes realidades das cidades brasileiras em que se tem apoio
não só do poder público para a implementação da informática assim como
iniciativas de empresas nos projetos de inclusão digital, as escolas é quem
saem ganhando. Diante dessa realidade se constata que o nosso município se
encontra definitivamente atrasado conforme a análise dessas experiências há a necessidade
de grandes investimentos em formação de professores e também a disponibilidade
deles em elaborarem projetos utilizando o computador. Pode-se perceber como é
empolgante trabalhar com crianças incentivando-as e despertando o interesse e a
criatividade.
CAPÍTULO IV
ESTUDO DE CASO NA ESCOLA MUNICIPAL SANTA
LÚCIA
Dada à
importância desta pesquisa campo realizada na Escola Santa Lucia torna-se
necessário caracterização do município de São Miguel do Araguaia, para que o
publico alvo possa ter uma noção de sua localização.
A cidade
situa-se na região noroeste do Estado de Goiás, microrregião de São Miguel do
Araguaia. Distante 390
quilômetros da capital do Estado, o município faz divisa
ao norte com a Ilha do Bananal e o município de Araguaçu-TO, ao sul com os
municípios de Nova Crixás, Mundo Novo, Bonópolis, a leste com o município de
Novo Planalto e a oeste com o município de Cocalinho MT.
Com
uma área de 6.145 Km², o município conta com as seguintes coordenadas
geográficas: altitude de 13,275º. Segundo o IBGE (2005) a sua população é de
25.060 habitantes.
4.1 Diagnose da Escola
A Escola Municipal Santa Lúcia está
localizada na Rua 19 S/N Setor Santa Lúcia, CEP 76569-000 na respectiva cidade
de São Miguel do Araguaia. Quanto ao seu espaço físico pode ser apresentado da
seguinte maneira:
- Uma secretaria com banheiro para funcionários
- Uma cozinha e guichê com balcão;
- Um depósito
- Uma biblioteca
- Sala para professores
- Uma sala para coordenação, com TV e vídeo
para educadores e biblioteca.
- Uma almoxarifado
- Um laboratório de Informática com 11
computadores disponíveis para os alunos
- Área coberta
- Escovódromo com 14 torneiras
- Pátio para recreação
- Espaço reservado para o plantio de hortas.
- Conta com 04 banheiros adaptados com box
masculino e feminino
É uma escola que tem um mobiliário
razoável, adquirido por meio de verba do PDE, Prefeitura Municipal e recursos
próprios. Nela contém bebedouros, freezer, armários, prateleiras, material
tecnológico (aparelho de som, TV, manual computador para o trabalho
administrativo e pedagógico, (fantoches, blocos lógicos, material dourado) e
outros materiais de cantina, cadeiras e mesas, tudo em perfeita ordem.
Tratando-se do seu histórico
escolar, sua categoria de funcionamento pode ser assim definida: como escola
pública, e funciona com Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª fase.
A
escola tem esse nome em homenagem à ex-primeira dama do Estado de Goiás, a Sra.
Lúcia Vânia.
A escola foi reconhecida pela Lei de
Criação n.º 033/89 de 02 de Janeiro de 1989. Portaria n.º
5038/93, Resolução n.º 186/82, Regimento Escolar aprovado.
Possui
uma área de 1.959 m²
de área ocupada, sendo 289.50² de área construída e o restante é utilizado para
atividades recreativas.
Nesse período de funcionamento somente duas
diretoras exerceram suas funções realmente.
O
Projeto Político Pedagógico da escola foi aprovado Pelo CME conferido pela lei
nº 249/97, tendo em vista a Lei Federal 9.394/96 em seu artigo 2º , diz que o
PPP poderá ser reestruturado pelo corpo decente escolar, quando sentir
necessário. Esta mesma Lei dispõe sobre a aprovação da renovação de
reconhecimento da escola por um período de cinco anos a partir de 07 de outubro
de 2006.
A
escola trabalha com o lema “Amor e Dedicação”, para resolver as dificuldades
surgidas no cotidiano.
A
avaliação da escola é boa. A escola tem batalhado para erradicar com os
problemas de evasão escolar, repetência, e indisciplina, buscando inovações,
aproximação com os pais e outros meios, oferecendo a seus alunos uma educação
de qualidade. O quadro abaixo caracteriza o indicie de evasão, repetência e
aprovação só no ano de 2006.
Uma das maiores dificuldades que a escola
enfrenta, é a falta de assiduidade dos pais na escola, dentre outras como o
material individual do aluno e também a indisciplina.
A escola tem promovido diversos tipos de
eventos para que tenha a aproximação dos pais.
A
escola está localizada em uma comunidade participativa, de pessoas de renda
média baixa, sendo a maioria de lavradores.
É
uma clientela que oscila de faixa etária de 05 a 14 anos de idade,
dividida na Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª fase .
Pude
observar a divisão de alunos por períodos e séries.
Há
duas salas da pré-escola, uma no período matutino com 25 alunos e outra no
período vespertino com 21 alunos. A
faixa etária das crianças por série ficou designada da seguinte maneira:
-
Pré –escola: 4 a
5 anos
-
1ª Série: de 6 a
7 anos;
-
2ª Série: de 7 a
8 anos
-
3ª Série: de 8 a
9 anos
-
4ª Série: 9 a
14 anos de idade.
Todos
os profissionais da escola são conhecedores de problemas enfrentados com a sua
clientela e procuram solucionar da melhor maneira possível, para que a escola
possa ser vista pelos alunos como um ambiente acolhedor.
A escola apresenta o seguinte quadro de funcionários:
Diretora: Suzelita E. M. Dias
Secretária: Gleice L. Fernandes
Coordenadora: Elcy C. Moraes
Regina Barbosa de Oliveira
Luzinete Pereira Lima
Professores :
1ª “B” Adailza de S. Crepaldi
1ª “C” Vera
Lucia S. de Oliveira
2ª “B”
Doralice N. de Almeida
3ª “B”
Marlena P. Lima
4ª “B”
Reginalda D. da Silva
Auxiliar de Serviços Gerais:
Josefa
dos S. Pereira
Jocelina P Aguiar
Maura M. do Nascimento
Luzia Izidora dos Santos
Antonio B da Silva
Dedy M. da Silva
Quanto ao
ensino a escola utiliza de recursos didáticos constando várias coleções de
livros didáticos e paradidáticos que servem de apoio aos professores. Possui
também outros recursos de apoio como TV, vídeo, retro-projetor, mini-videoteca,
globo terrestre, materiais de apoio, CDs pedagógicos, cantinho da leitura com
vários livros literários e principalmente do laboratório de informática onde os
professores executam seus projetos com os alunos.
Com relação ao método de
ensino, a escola campo
tem a seriedade de desenvolver o seu trabalho, procurando sempre oferecer o
melhor para os alunos, fazendo uso dos recursos didáticos, além de trabalhar
com o método silábico, conforme a habilidade do professor.
A
escola procura com seus objetivos formar cidadãos responsáveis que saibam lutar
por seus direitos e cumprir com os seus deveres. Para isso ela apresenta os
seguintes valores: transparência e coletividade, participação, parceria e
respeito.
Seu horário de funcionamento se dá em dois turnos: matutino e
vespertino. Das 7; 00 as 11:25 e das 13:
ás 17:25
Tratando-se do projeto que foi
formulado para esta unidade escolar estão contido todas as normas e diretrizes
que devem ser seguidas por todos que compõem a comunidade escolar.
Ele
visa crescimento nos aspectos intelectual, físico e social de todo o corpo da
Escola e de todos aqueles que de forma direta ou indireta está ligado à escola.
Visa
também um desenvolvimento de acordo com as condições específicas e
contextualizadas da realidade local, dentro de uma pedagogia construtivista
valorizando as necessidades de cada um na formação de cidadãos conscientes, críticos
e responsáveis.
Tratando-se
da biblioteca a
escola dispõe de várias coleções, mini-videoteca de apoio abrangendo a educação
infantil e fundamental, cantinho de leitura com um acervo de livros literários
e didáticos.
Para
sua clientela, a escola possui um acervo razoável e adequado para o uso de
todos.
A
biblioteca funciona com a participação do professor..
Quanto ao aspecto pedagógico da escola a escola tem por finalidade procurar
melhoras no processo de ensino-aprendizagem, com o intuito de fortalecer a
participação de todos que estão envolvidos, preparando cidadãos para desafios
culturais, éticos e sociais.
É
uma escola que apresenta um ensino de qualidade, garantindo o curso e a
permanência dos educandos na unidade, está sempre em busca de objetivos para
formar cidadãos críticos, participativos, para que possam lutar pela
transformação de uma sociedade mais justa e humana.
Na
escola todos são solidários uns com os outros, buscando ajudá-los da melhor
maneira possível.
Quanto
à análise do aspecto pedagógico, a escola prioriza:
- Adaptar o currículo, conforme a
realidade do educando procurando alcançar sucesso em suas atividades.
- Os professores são todos graduados e
alguns são pós-graduados
- A escola mantém um bom
relacionamento por parte dos funcionários
- A recuperação é continua (paralela)
e no final do ano (especial)
-
Em caso de falta do aluno marca-se falta, podendo ser abonadas com aprovação do
atestado médico.
Com relação ao sistema de avaliação nesta unidade escolar a avaliação é contínua,
do princípio ao término do ano letivo, o aluno é avaliado em todos os aspectos.
Ela
está de acordo com o Regimento da Unidade, expressa em notas graduadas,
variando em décimos, sem arredondamentos de médias. Durante o ano o aluno obtém
quatro notas bimestrais, adquiridas das avaliações do aproveitamento do aluno
na sua permanência na escola.
Os educadores trabalham com
uma recuperação paralela. Quando o aluno não alcança média no prazo
estabelecido, ele é levado a comparecer a escola em horário paralelo para fazer
recuperação do conteúdo, que não assimilou, pois a escola valoriza e respeita
seus direitos.
Quando
o educador por algum motivo se ausenta da escola, as aulas seguem normalmente.
Cada coordenadora ou funcionário qualificado para a área, assume e ministra
normalmente as aulas sem ônus para o mesmo.
Os
critérios de aprovação ou reprovação dos alunos são estabelecidos pelo
Regimento da unidade escolar, onde esclarece que o aluno deve obter média 5,0
para ser aprovado, com 200 dias letivos.
Os problemas detectados na escola podem ser
enumerados da seguinte maneira:
-
Envolvimento dos pais no processo ensino aprendizagem dos filhos;
- Pátio com
pouco espaço;
- Descumprimento na realização de tarefas de casa
por parte dos alunos: (Para Casa, trabalhos, pesquisas);
- Falta de
profissionais especializados para o trabalho com crianças inclusivas.
Os problemas que devem ser
atacados são os seguintes:
-
Envolvimento com os pais no processo ensino aprendizagem;
- Elevar o índice de aprendizagem nas disciplinas
críticas: Português e Matemática;
- Descumprimento
na realização de tarefas de casa por parte dos alunos;
- Falta de
profissionais especializados para o trabalho com crianças inclusivas;
- Pátio com
pouco espaço.
Uma
das maiores preocupações da escola é assegurar a permanência do aluno na mesma
de forma participativa e solidária, visando formar cidadãos criativos,
participantes e conscientes.
Tendo em
vista o tema dessa monografia destinamos a pesquisa de campo a Escola Municipal Santa Lúcia por ser
pública e também ser a única escola
municipal informatizada. A escola atende a uma clientela que oscila entre a
faixa etária de 05 a
14 anos de idade, dividida em Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª
fase.
A avaliação da escola é boa, pois
tenta erradicar os problemas de evasão escolar, repetência, e indisciplina,
buscando inovações, aproximação com os pais e outros meios, oferecendo aos seus
alunos uma educação de qualidade. Sua finalidade é sempre melhorar o processo
de ensino-aprendizagem, com o intuito de fortalecer a participação de todos que
estão envolvidos, preparando cidadãos para desafios culturais, éticos e
sociais.
É
uma escola que apresenta um ensino de qualidade, garantindo o curso e a
permanência dos educandos na unidade. Na escola todos são solidários uns com os
outros, buscando ajudá-los da melhor maneira possível.
Conforme
verificamos a escola possui um laboratório de informática com 11 computadores,
os quais são utilizados pelos alunos em períodos determinados pela coordenação
pedagógica. São acompanhados por um instrutor que os orienta.
4.2 Apresentação dos Dados
No mundo marcado pela aceleração
tecnológica e pelas crescentes influências do rádio, TV, imprensa escrita e
televisiva, redes de computadores, constata-se que as formas de aprender e
sentir se modificaram trazendo consigo alguns mitos da salvação e mazelas
correspondentes. Assim, nesse capítulo, apresentaremos alguns dados da pesquisa
campo realizada na Escola Municipal Santa Lúcia de São Miguel do Araguaia –
GO, em agosto e setembro, em que todos
os dados forma fornecidos pela atual diretora Suzelita Eterna Menezes Dias,
sendo que o universo da pesquisa abrangeu (...) docentes dos quais todos estão
inseridos nesse mundo globalizado, que se utilizam desses recursos provenientes dos quais tem
acesso, havendo trocas de experiências entre os professores e usando a
tecnologia para tornar suas aulas mais dinâmicas e criativas. (vídeo, TV e
computadores que são utilizados pelos professores e alunos).
De acordo com as
investigações, é possível concluir que o ensino no nosso município, nessa
década está mais criativo, dinâmico e atraente, diminuindo assim a evasão
escolar e a cada dia está atraindo mais a clientela.
Feita a observação constatamos
a existência de projetos de leitura, pesquisa e uso da internet, digitação de
livros, jogos educativos Com a colaboração da dinamizadora Regina Barbosa, os
professores desenvolvem projetos fazendo rodízios com professores que ficam com
a metade da turma enquanto evam as
crianças para o laboratório de informática. Nesse caso, a dinamizadora planeja
junto com os professores os projetos e promove todo o trabalho de assessoria. E
dada a importância alguns registros como
o plano anual e a respectiva folha 66 do Projeto Político Pedagógico da
escola estarão em anexos, assim como as fotos do laboratório de informática.
A investigação foi realizada
nesse segundo semestre do ano corrente todos entrevistados na faixa-etária de
vinte e cinco anos a cinqüenta anos e os professores com mais de dez anos de
profissão são mais arraigados, presos ao sistema tradicional, Outros pertencem
a esse mundo informatizado são mais susceptíveis às mudanças, porém todos são
simpatizantes da informática na escola, familiarizando-se aos poucos e dando de
si o melhor, contribuindo para um mundo mais dinâmico.
O que se tornou evidente nessa
pesquisa é o fato das escolas ainda não estarem totalmente preparadas e
equipadas com os diversos aparatos tecnológicos. Pode ser constatado que
apenas, uma delas, da rede municipal que possui laboratório de informática e
mesmo assim os professores não estão totalmente informatizados. Se comparar
essa realidade com as experiências mostradas no capítulo anterior se percebe
que o processo de informatização de nossas escolas será lento e tardio.
É preciso que se pense em
primeiro lugar na formação dos professores e a sua integração no mundo das
tecnologias. Pois de tudo que foi exposto nessa monografia, dá-se para perceber
que as escolas estão aquém das expectativas dos alunos, talvez seja essa a
razão que alguns estejam arraigados nos velhos paradigmas.
È necessário que haja um
investimento maciço para que a tecnologia possa surtir efeitos positivos e que
ela realmente contribua para formação do educando. Não se pode pensar em
educação sem os aparatos tecnológicos.
Diante do estudo feito
evidencia que precisa haver um esforço por parte do poder público aliado ao
interesse dos professores em mudar essa realidade. Na maioria das vezes isso
não ocorre, os professores ficam acomodados e os recursos disponíveis para a
educação acabam não chegando às escolas.
CONCLUSÃO
Tendo em
vista a pesquisa realizada pode-se concluir que a informática está provocando
uma mudança radical no paradigma educacional no mundo inteiro, contrapondo a imagem que ainda permeava a geração
passada em relação à escola que era de um lugar de expressão, quando, graças
aos ensinamentos de teóricos como Jean Piaget, Paulo Freire. Moacir Gadoti e
tantos outros que deixaram suas contribuições.
Comprava-se
uma tendência de que a escola possa ser um lugar de ensino lúdico, criativo e
eficiente com a invasão da tecnologia possibilitando que escola torne mais
colorida, alegre e dinâmica, onde o ensino possa ser efetivado com o auxílio da
informática, e que com seus sons e imagens tudo possa ser concretizado e o
ensino/aprendizagem possa transpor os limites das paredes.
Essas
idéias expostas aqui servem de base para se discutir e ampliar os conhecimentos
relacionados à tecnologia como forma autêntica de descoberta. Independente de
sua aplicação, não há como negar a sua contribuição na linguagem usada,
servindo-se de sua própria emancipação política, social, cultural e estética,
permitindo-lhes ainda o amadurecimento dele próprio.
É
sabido que os professores de disciplina como Língua Portuguesa e demais
disciplinas, sobretudo no Ensino Fundamental, tem uma responsabilidade enorme,
mesmo porque o estudo da linguagem é
complexa exige dele um conhecimento
abrangente. E, considerando as
transformações que o mundo vem passando nesse principio de século, a escola
deve estar preparada para usufruir da tecnologia que está aí ao nosso dispor.
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ANEXOS
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